O belga Gerben Tnijssen, com 25 anos, e o estoniano Madis Mihkels, com 20 anos, não vão alinhar à partida do Tour de Guangxi por terem publicado um vídeo, que não se enquadra no espírito e na política desportiva da equipa belga Intermarché-Circus-Wanty, da qual faz parte Rui Costa, que se encontra em processo de renovação de contrato. Os ciclistas publicaram um vídeo na conta Instagram, simulando os olhos rasgados em sentido lateral, que levantou um pequeno escândalo e levou à tomada de posição dos dirigentes em não permitir a sua participação na corrida chinesa que encerra no dia 17 (terça-feira) o calendário World Tour de 2023. «Lamentamos sinceramente o comportamento dos nossos ciclistas Madis Mihkels e Gerben Thijssen, assim como as imagens divulgadas nas redes sociais. Gostaríamos de pedir desculpa ao povo chinês e aos aficionados do ciclismo na China. A Associação de Ciclistas da China e todas as partes envolvidas na organização do Tour de Guangxi lamentam a imagem dada pelo nosso desporto», lê-se num comunicado enviado pela Intermarché-Circus-Wanty à comunicação social. «Desde sempre, a nossa equipa defendeu a igualdade de oportunidades, composta por mais de 15 nacionalidades no nosso projeto, assim como os nossos gestores sempre defenderam a igualdade de oportunidades e lutam contra o racismo diário. Retiramos da corrida os dois ciclistas em causa e tomaremos as medidas disciplinares necessárias para encerrar este lamentável incidente.» Face à gravidade da situação, a UCI recordou o artigo 12.4.004, relativo à discriminação: «Qualquer pessoa ou entidade sujeita a esta parte que, de palavra ou feito, menosprecie, discrimine a origem étnica ou nacional denigra uma pessoa ou grupo de pessoas e de alguma maneira viole a dignidade humana por motivos de raça, cor, sexo, orientação sexual, religião crenças políticas, idioma, origem étnico ou nacional que receberão sanções disciplinarias». O ciclista português Ivo Oliveira (Emirates), com o dorsal 131, faz parte do pelotão chinês.
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