Não é normal mas aconteceu, no final da 3.ª etapa do Grande Prémio O Jogo, os comissários depois de verem e reverem o foto finish, decidiram atribuir a vitória a Rafael Silva (Efapel) e Luís Gomes (Kelly), decisão que não teve qualquer influência na classificação geral, em virtude da competição não ter bonificações. Não é a primeira vez que esta situação acontece no ciclismo, no entanto a situação é muito rara e mesmo recorrendo aos meios técnicos existentes, os comissários não conseguiram apurar quem foi o primeiro e decidiram proclamar dois vencedores da etapa. Este situação acabou por ser o motivo de maior interesse da etapa que teve partida e chegada a Trancoso na distância de 78,6 km, uma fuga de nove ciclistas aos 40 km não teve potencialidades para ir muito longe e decorridos 10 km o pelotão estava de novo compacto. A subida para o Alto da Broca onde se encontrava de uma contagem de montanha de 3.ª cat., foi controlada pela Glassdrive na defesa da camisola amarela de Maurício Moreira, formando-se um pelotão com 47 unidades que acabou por decidir a corrida. Pelo caminho formaram-se vários grupos que cortaram a meta com atrasos significativos. Na chegada ao sprint Rafael Silva e Luís Gomes acabaram por dividir os louros da vitória; «Foi uma chegada dura e sempre a picar devido à subida, com ataques e contra ataques no ultimo quilómetro. Agradeço à minha equipa que me colocou no sitio certo, numa etapa que tinha marcada por ter uma chegada ao meu jeito. No sprint não deu para perceber quem tinha sido primeiro e daí o recurso ao foto finish«, declarou Luís Gomes com Rafael Silva a adiantar; «Tenho feito muitos segundos lugares e desta vez parece que ganhei neste grande prémio. O meu objetivo é ganhar etapas e ajudar a equipa a disputar a geral, o dia de hoje até foi bastante positivo para nós. O dorsal numero treze é a primeira vez que me dá sorte, na Volta a Portugal caí e tive que ser suturado com vários pontos e levava o mesmo numero, desta vez coloquei-o ao contrário de cabeça para baixo e parece que deu sorte». Realizadas três etapas a luta está ao rubro entre a Glassdrive e Efapel na luta pelo primeiro lugar na geral. A etapa de Boticas com uma contagem de montanha de 2.ª cat. aos 113,8 km na passagem por Ribeira da Pena, deverá provocar uma seleção de valores, com a subida para Torneiros de 1.ª cat. e a 9,7 km da meta, a ser decisiva numa tirada que deverá ser muito tática por parte da Glassdrive e Efapel, situação que poderá beneficiar os restantes conjuntos, no caso de terem pernas e capacidade para entrarem na discussão da corrida. CLASSIFICAÇÕES 3.ª ETAPA TRANCOSO-TRANCOSO 78,6 KM 1.º Rafael Silva (Por/Efapel) 1.52,41 h Luís Gomes (Por/Kelly) mt à média de 41,850 km/h 2.º Francisco Campos (Por/Fonte Nova) mt 3.º Vojtech Lminek (Cze/Padrones) mt 4.º Henrique Casimiro (Por/Efapel) mt 5.º Maurício Moreira (Uru/Glassdrive) mt 6.º Afonso Eulálio (Por/Feirense) mt 7.º Joaquim Silva (Por/Efapel) mt 8.º Diogo Barbosa (Por/Tavira) mt 9.º Francisco Guerreiro (Por/Efapel) mt 10.º Hugo Nunes (Por/Radio Popular) mt CLASSIFICAÇAO GERAL 1.º Maurício Moreira (Uru/Glassdrive) 5.43,57 h 2.º Joaquim Silva (Por/Efapel) a 4 s 3.º Aleksandr Grigorev (Rus/Efapel) a 14 s 4.º Rafael Reis (Por/Glassdrive) a 17 s 5.º Henrique Casimiro (Por/Efapel) a 21 s 6.º Luís Gomes (Por/Kelly) a 48 s 7.º Carlos Oyarzun (Chi/Aviludo) a 59 s 8.º Artem Nych (Rus/Glassdrive) a 1,00 m 9.º Hugo Nunes (Por/Radio Popular) a 1,02 m 10.º Gaspar Gonçalves (Por/Efapel) a 1,03 m Equipas 1.ª Efapel Cycling 17.12,31 h 2.ª Glassdrive-Q8-Anicolor a 38 s 3.ª Kelly-Simoldes-UDO a 3,07 m
