Ciclismo Grande Prémio Abimota confirmou equilíbrio de forças
Tem sido notório ao longo da temporada um maior equilíbrio de forças entre as equipas continentais portuguesas, reflexos da Operação Prova Limpa, desencadeada em abril de 2022. A obrigatoriedade do passaporte biológico tem contribuído para esse equilíbrio, mas nem tudo são rosas porque existem situações a serem consideradas, conforme A BOLA apurou junto da maioria dos diretores desportivos.
Embora exista legislação, os corticoides continuam a ser tema dentro do pelotão, que luta por conseguir uma entidade própria, em que a credibilidade estará em primeiro lugar. Algumas situações pendentes merecem uma reflexão, numa altura em que existe abertura das equipas, para esclarecer duvidas, para as quais será importante uma reunião com a Federação Portuguesa de Ciclismo e comissão médica, para evitar decisões precipitadas, quando se caminha a passos largos para a Volta a Portugal, embora se saiba que existe quem continue a passar por entre os pingos da chuva e não conseguir molhar-se, fazendo lembrar a história dos santos e pecadores.
O equilíbrio de forças no Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela, foi confirmado no Grande Prémio Abimota, a vitória de Rafael Reis (Glassdrive) no contrarrelógio em Proença-a-Nova sentenciou a corrida, em virtude de nas etapas seguintes a equipa do camisola amarela ter controlado as tentativas de fuga, as diferenças do primeiro dia só não se mantiveram no final, porque Luís Gomes ao vencer a 2.ª etapa e devido às bonificações ter reduzido de 21 para 11 segundos.
Além da Glassdrive-Q8-Anicolor que venceu a geral por Rafael Reis e colocou Artem Nych em 5.º lugar, a destacar a Kelly-Simoldes-UDO que além da vitória na 2.ª etapa finalizou com Luís Gomes em 2.º a que juntou os pontos, José Sousa em 3.º lugar e a vitória por equipas, acabando por ser a equipa que mais rentabilizou a corrida.
A Efapel teve em Tiago Antunes (4.º), Henrique Casimiro (7.º) e Emanuel Duarte que venceu a montanha, as unidades mais importantes, seguindo-se Aviludo-Louletano-Loulé Concelho com Carlos Oyarzun (6.º) e César Martingil que ganhou as metas volantes, Délio Fernandez (8.º) foi o melhor da AP Hotels & Resorts-Tavira Farense), seguido de Álvaro Trueba (11.º) e Samuel Blanco (12.º). Rodrigo Caixas (9.º), André Ramalho (14.º) e João Medeiros que venceu a camisola das Bolinhas, estiveram em destaque na Credibom-LA Alumínios-Marcos-Car.
Bruno Silva (10.º) regressou à regularidade que se mantém há alguns anos, juntamente com João Matias (13.º) a serem os melhores na Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua, o mesmo aconteceu com Hugo Nunes (15.º) na Radio Popular-Paredes-Boavista e Ivo Pinheiro (24.º) na ABTF Betão-Feirense.
Nas equipas de clube sub-23 os espanhóis da Maglia-Tecnosylva foram superiores e à vitória na ultima etapa juntaram o 18.º lugar de Ekin Robles. Nas portuguesas, Francisco Campos (Fonte Nova) venceu a camisola das Autarquias e foi 28.º na geral, as restantes equipas sentiram dificuldades que se refletiram e são visíveis nas diversas classificações.