Numa corrida com um pelotão de jovens com aspirações a mostraram-se às grandes equipas, o Circuito das Ardenas mantem-se com uma das melhores montras para que a visibilidade seja uma constante ao longo de quatro dias de competição. A 2.ª etapa percorrida entre Renneville e Gruyéres na distância de 185,6 km que incluíam cinco contagens do prémio da montanha, foi atacada desde o início com as tentativas de fuga a não resultarem. Com 40 km percorridos formou-se um grupo de sete unidades; Cialone (Vendée), De Lange (Metec), Eddy (DSM), Schmidt (P&S Bemotti), Golliker (Groupama), Thornley (Trinity) e Simmons (Jumbo), que conseguiram distanciar-se do pelotão. A 65 km para a meta e quando faltavam ultrapassar quatro contagens de montanha, a vantagem de 3,30 minutos foi progressivamente diminuindo, devido à reação das equipas que não tinham homens na fuga, com a vantagem a cifrar-se em 1,55 minutos na entrada do circuito ao qual foram dadas três voltas. A meio da segunda volta um grupo de seis ciclistas onde se encontrava Antonio Morgado (Hagens) conseguiu diminuir a diferença para 30 segundos, a falta de entendimento abortou a tentativa de junção, acabando por ficar na frente, Bregnhoj (Leopard), Karsten DSM), Zahálka (Elkov) e Segaert (Lotto). O pelotão comandado pela Alpecin-Deceuninck, Vendée U, Circus-Reuz e Hagens Berman, não conseguiu anular os fugitivos, com Mathias Bregnhoj (Leopard Togt) a vencer de forma convincente com a diferença de 4 segundos para Matej Zahálka e Alec Segaert, que completaram os lugares de honra. O primeiro grupo com 14 ciclistas e no qual se encontrava António Morgado que foi o 15.º classificado gastou mais 42 segundos, devido aos cortes verificados nos últimos quilómetros, Gonçalo Tavares (Hagens Berman) foi 41.º a 59 segundos do vencedor. «Aos poucos temos que nos habituar a este tipo de corrida em que não existe controlo, é sempre ao ataque e prego a fundo. É um ciclismo diferente daquele a que estávamos habituados, mas temos que ir à luta, sabendo que é nestas corridas que temos de aprender, embora o momento de forma não seja o ideal», avançou a A BOLA António Morgado que sobre a etapa acrescentou: «Não me senti lá muito bem no início e as sensações não foram as melhores.» Na parte final juntamente com um pequeno grupo tentámos fechar o espaço e diminuir a diferença, como não existiu colaboração não conseguimos e a fuga acabou por alterar os nossos objetivos. O vencedor é um ciclista experiente, foi pena não termos conseguido perder menos tempo, mas o ciclismo é assim com uns dias a serem melhores que outros. Com o piso molhado tanto eu como o Gonçalo não caímos e chegámos ao fim sem problemas», concluiu. O dinamarquês Mathias Bregnhoj, com 27 anos e que há duas semanas venceu o Olimpia´s Tour nos Países Baixos, conquistou a camisola amarela com a diferença de 8 segundos para o checo Matej Zahálka e 10 segundos para o francês Alec Segaert, António Morgado ocupa a 14.ª posição com mais 52 segundos, Gonçalo Tavares (Hagens Berman) o 38.º lugar a 1,10 minutos do primeiro. Classificação 1.º Mathias Bregnhoj (Din/Leopard Togt) 4.30,31 h à média de 41,166 km/h. 2.º Matej Zahalka (Cze/Elkov-Kasper) a 4 s 3.º Alec Segaert (Bel/Lotto-Dstny) mt 4.º Moritz Karsten (Bel/DSM) a 36 s 5.º Adam Toupalik (Cze/Elkov-Kasper) a 42 s 15.º António Morgado (Por/Hagens-Berman) mt 41.º Gonçalo Tavares (Por/Hagens-Berman) a 1 m Geral 1.º Matias Bregnhoj (Dina/Leopard Togt) 6.38,33 h 2.º Matej Zahalka (Cze/Elkov-Kasper ) a 8 s 3.º Alec Segaert (Bel/Lotto-.Dstny) a 10 s 4.º Alex Laurance (Fra/Alpecin-Deceuninck) a 46 s 5.º Moritz Karsten (Ale/DSM) mt 14.º António Morgado (Por/Hagens-Berman) a 52 s 38.º Gonçalo Tavares (Por/Hagens-Berman) a 1,10 m