Francisco Cabral e Nuno Borges admitem falta de energia

Par português foi eliminado, em dois sets, por adversário alemão na segunda ronda do torneio de ténis

Francisco Cabral reconheceu ter faltado «um bocadinho de energia» ao par português que forma com Nuno Borges para superar a segunda ronda do torneio olímpico frente aos alemães Jan-Lennard Struff e Dominik Koepfer, que se impuseram pelos parciais de 6-2 e 6-2, em 56 minutos.

O número um português e 42.º jogador mundial de singulares admitiu não terem estado «à altura do nível» dos adversários. «Eles jogaram logo muitos agressivos desde o início e nós a ver um bocadinho a coisa a passar. Entrámos logo um break abaixo, eles muito, muito agressivos nas primeiras duas bolas, serviço-resposta, sempre com muitas intenções de querer ganhar o ponto logo, sem qualquer hesitação, quer metessem a bola ou não. E acho que isso nos pares vale muito, e apesar de não serem os mais otimizados no par, a servir e responder, eu acho que são dos melhores do mundo», analisou Nuno Borges.

«Acho que, essencialmente, também faltou um bocadinho de energia. Eles estavam claramente mais dinâmicos, mais, não sei, aos saltos, qualquer coisa. Eles estavam claramente em cima de nós e acho que o facto de terem começado os dois sets com uma grande vantagem tornou-lhes o jogo muito fácil», destacou Cabral.

«Realmente, nós tentámos, nós fizemos jogadas que achámos boas, tentámos ficar atrás, tentei serviço-rede, tentámos servir mais devagar, mais rápido. De facto, eles estavam a encontrar soluções para tudo. Tal como eu tinha dito, é mais fácil jogar por cima do marcador, eles têm esse mérito, porque construíram as vantagens desde cedo e nós não tivemos a capacidade de contrariar o jogo deles hoje», reforçou.

Por seu turno, num balanço mais geral da estreia olímpica, Nuno Borges começou por afirmar que a presença em Paris-2024 já foi «um highlight».

«No entanto, não quero mentir e dizer que estamos satisfeitos com esta segunda ronda, porque fomos a jogo para ganhar e ambicionamos mais. Eu, pelo menos, e também acho que o Francisco sim, estávamos preparadíssimos para ganhar este jogo e ir com tudo para irmos mais longe. Não foi possível e, agora, a quente não sabe bem, mas acho que temos de olhar para a caminhada toda para trás, e realmente o trabalho que foi feito, principalmente no último ano, que nos deu entrada aqui, é de louvar», defendeu.