Foi o último a terminar a Paris-Roubaix, 48 minutos após Van der Poel: «São os Hunger Games»
O australiano Cyrus Monk compara o Inferno do Norte aos 'Hunger Games': «Toda a gente em casa quer ver-nos sofrer»
À imagem de Mathieu van der Poel, vencedor da 121.ª edição da Paris-Roubaix no recente domingo, houve um improvável corredor que teve direito a aplauso dedicado da assistência no lendário velódromo André-Pétrieux, onde historicamente se instala a meta do monumento francês.
O australiano Cyrus Monk foi o último participante na corrida a cruzar a linha de chegada da clássica e fê-lo 48.18 minutos depois do neerlandês da Alpecin-Deceuninck, que a completou em 5:25.58 horas, à média recorde da prova de 47,802 km/h.
Mesmo fora do tempo limite para a conclusão da prova, o corredor da equipa Q36.5 Pro teve o seu momento de fama e celebrou-o com entusiasmo e o calor do público no final de mais 6:15 horas de esforço que demorou a percorrer os quase 259,7 quilómetros do Inferno do Norte. O seu objetivo estava cumprido: acabar a Paris-Roubaix.
Cyrus Monk, que foi um dos 18 corredores desclassificados por terem chegado fora do horário, manteve a boa disposição em declarações à imprensa. «Acho que Paris-Roubaix é como os Hunger Games: toda a gente em casa quer ver-nos a sofrer». E uma metáfora de guerra: «Cada setor de empedrado é como um canhão que dispara e mata uns quantos. No meu caso, foi logo no primeiro setor, depois seguiram-se 29 setores de inferno!».