Evenepoel impõe a lei do arco-íris no contrarrelógio do Dauphiné
Jovem belga, campeão mundial da especialidade, bateu o campeão europeu Joshua Tarling e o rival na classificação geral Primoz Roglic e é o novo líder do Critério do Dauphiné
Remco Evenepoel venceu a etapa 4 do Critério do Dauphiné, esta quarta-feira, um contrarrelógio individual de 34,4 quilómetros, entre as localidades francesas de Saint-Germain-Laval e Neulise, e ascendeu à liderança da corrida, que só termina no próximo domingo após três etapas derradeiras nos Alpes.
O jovem belga, de 24 anos, da equipa Soudal Quick-Step, campeão mundial da especialidade, levou 41.49 minutos para percorrer aquela distância, e fê-lo a uma média de 49.353 km/h.
Com este desempenho, que lhe permitiu conquistar a quinta vitória esta temporada, Evenepoel bateu o campeão europeu, o britânico Joshua Tarling, da Ineos Grenadiers, por 17 segundos.
No terceiro lugar, Primoz Roglic perdeu 39 segundos para Evenepoel, adversário direto para a vitória nesta corrida que serve de antecâmara do Tour, onde certamente se defrontarão. Na quarta posição ficou o norte-americano Matteo Jorgenson, da Visma-Lease a Bike, que gastou mais 1.08 minutos do que o vencedor.
Na classificação geral, Remco Evenepoel passa a envergar a camisola amarela com 33 segundos sobre Primoz Roglic, agora segundo, e 1.04 minutos de vantagem para Matteo Jorgensson. O líder cessante, o canadiano Derek Gee (Israel-Premier Tech), sexto no contrarrelógio (+1.24 m) é o quarto da tabela, a 1.11 m do novo líder.
«Melhor do que esperava. As pernas estavam muito boas, boas sensações, mas ainda não a top. Tive um momento difícil, a meio do percurso, mas superei-o, e isso é o mais importante. Bom para a confiança e bom para o corpo. Vou aproveitar este momento e o resto da corrida, dia após dia», declarou Remco Evenepoel, após o contrarrelógio.
O campeão belga de fundo detalhou ainda a sua performance. «Tive dúvidas depois do segundo ponto de cronometragem, já que estava um segundo atrás de Tarling, e então disse para mim mesmo: ‘caramba, ele vai rápido’. Guardei um pouco para a última subida, e foi decisivo. De resto, fui sempre concentrado no meu esforço, arranquei rápido… e terminei rápido», disse, perspetivando, a concluir o discurso, a montanha que aí vem.
«Vai depender das pernas. Não sei como elas vão responder a três etapas difíceis consecutivas. Ainda tenho muito trabalho a fazer, mas já estou surpreendido por estar a este nível», admite Evenepoel sobre o caminho que lhe falta trilhar para chegar no auge da forma ao Tour, que começa a 29 deste mês.