O português Rafael Reis (Grassdrive-Q8-Anicolor), de 31 anos, garantiu que sairá quinta-feira para a 1.ª etapa da 84.ª edição da Volta a Portugal com a camisola amarela, ao vencer neste dia o Prólogo, disputado em Viseu, um contrarrelógio individual na extensão de 3,6 km, num triunfo que o corredor natural de Palmela dedicou ao filho, Lourenço. «Foi duro. Tinha de gerir o esforço numa parte do percurso. Mas também aproveitei ao máximo e dei tudo na parte mais rápida do trajeto, acho que geri demais até. Deu para ganhar, pois acabei por sentir-me com bastante força na parte final. Esta vitória é dedicada ao meu filho Lourenço», contou o especialista do contrarrelógio aos jornalistas, ainda na avenida Europa, em terras de Viriato. «Agora, é defender a camisola amarela, mas depende tudo da tática da equipa. A Volta é o mais importante para nós: não são as etapas nem a defesa da amarela, para já. Se a pudermos defender, melhor. Mas tudo vai depender do nosso ‘plano A’ para quinta-feira», afirmou-nos com um sorriso quem sairá como líder para a estrada na tirada inaugural, quinta-feira, entre Sangalhos (Anadia) e Ourém, na distância de 188,5 km. «É sempre um objetivo para mim na Volta vencer o Prólogo e vestir a camisola amarela. Também foi para isso que fui contratado há três anos para esta equipa, e tenho-o conseguido. Manter a ‘amarela’ até Viana do Castelo? [risos] Espero que sim, mas dentro da nossa equipa», foi a convicção que manifestou. «A equipa vai ter de sofrer muito para continuar na posse desta camisola. Lembro-me de ter sofrido muito, muito mesmo na Volta de 2022, para levarmos as etapas sempre controladas para os nossos líderes até às partes decisivas e este ano não vai ser exceção, seguramente. Eu, o Fábio [Costa] e o [Luís] Mendonça vamos ter um trabalho muito duro pela frente, mas acho que com a equipa que temos, e os reforços que fomos buscar, temos ciclistas para voltar a vencer a classificação geral individual», diz o primeiro líder da Volta-2023, que hesita entre apontar um companheiro de equipa à vitória, quando se tem os dois primeiros da prova em 2022 no grupo (Maurício Moreira e Frederico Figueiredo). «[Risos] A verdade é que não são só o Maurício e o Fred. Temos o James [Whelan] e o Artem [Nych], também. Têm muito valor. Qualquer um dos quatro pode vencer a corrida, é para isso que vamos trabalhar. Corrida à parte da equipa Glassdrive? Temos as nossas táticas, mas não podemos desvendar tudo. Pode ser qualquer um dos quatro», concluiu um líder feliz da vida em Viseu. Classificações completas