Volta a Portugal Da Sibéria à canícula lusa: as emoções do novo camisola amarela
Segundo classificado na 6.ª etapa da Volta a Portugal, que ligou esta terça-feira Penamacor à Guarda, na distância de 168,5 km, o russo Artem Nych (GlassDrive-Q8-Anicolor), de 28 anos, arrebatou a liderança da prova ao espanhol Delio Fernández (AP Hotels-Tavira-Farense) e é agora um líder a transbordar de felicidade numa prova marcada pelas altas temperaturas de agosto, o contexto mais adverso possível para quem vem da Sibéria.
«Estou muito feliz por estar com a camisola amarela. Tenho de dizer muito obrigado à minha equipa, pois fez um excelente trabalho nesta etapa, incrível! Até onde pode ir esta camisola? Fica cá, se a minha equipa me ajudar; caso contrário, será impossível manter esta camisola. Vamos ver os próximos dias, vai ser duríssimo, mas a nossa equipa está pronta para os próximos dias» afirmou no final o russo da GlassDrive-Q8-Anicolor aos jornalistas, na Guarda.
«Agora fiquei como líder da equipa [e não Maurício Moreira ou Frederico Figueiredo]? Queremos é ganhar a Volta, toda a equipa. Isto não vai mudar nada. Na Torre perdi quase minuto e meio, na Guarda estou de amarelo?! Nem acredito! Mas isto vai ser complicado, e cada dia vai ser muito importante»
«Para mim, o calor tem sido muito difícil, sofri muito na Torre. Eu morava na Sibéria [nasceu em Kemerovo], por isso calculam que para mim seja muito difícil. Se posso ir até domingo e Viana do Castelo de amarelo? Veremos», concluiu um atleta muito mais habituado, pois às dezenas de graus negativos da sua terra natal na Rússia, mas que parece na praia na Volta a Portugal.