Em videoconferência promovida esta segunda-feira, dia da segunda folga na Volta a Espanha, pela Emirates, João Almeida reconheceu não estar a cem por cento, mas prometeu melhorar na última semana da prova. «A segunda semana da Vuelta não foi ideal. Fiz um bom crono e, depois, fiquei doente. Acontece. Estou a ficar melhor, ainda não estou a 100%, mas vamos ver como correm nos próximos dias», começou por dizer o atual 10.º classificado da Volta a Espanha. «Trazia grandes ambições para esta corrida, sentia-me bem, estava tudo a correr bastante bem. E deitar tudo a perder também não é o meu estilo [referindo-se à etapa de sexta-feira na qual foi 15.º e já estava adoentado].Decidi continuar a sofrer o máximo que conseguia e ver como terminava. Claro que acabar em 10.º, oitavo, sétimo, o que quer que seja, não é o meu objetivo, mas sinto que estou a dar o meu melhor», continuou o ciclista de A-dos Francos (Caldas da Rainha). «Trazia grandes ambições para esta corrida, sentia-me bem, estava tudo a correr bastante bem. E deitar tudo a perder também não é o meu estilo [referindo-se ao contrarrelógio de sexta-feira no qual foi 15.º e já estava adoentado]» Apesar de ainda não se estar a sentir «especialmente bem», o corredor da Emirates prometeu dar seu melhor, ainda que possa estar condicionado pela tática da equipa: «Tentei ir para a fuga ontem [domingo], mas a Jumbo-Visma não deixou. Isso seria difícil de fazer [ir para a fuga]. Veremos como corre dia a dia, e havemos de encontrar um plano, mas não me parece que consiga entrar numa fuga.» Reconhecendo que Kuss, Roglic e Vingegaard, todos da Jumbo-Visma e nos três primeiros lugares da classificação geral, «estão muito fortes», João Almeida acredita que a equipa não vai puxar o tapete ao norte-americano para dar a vitória ao esloveno, vencedor do Giro deste ano, ou ao dinamarquês, que ganhou as últimas duas Voltas a França. «Penso que eles estão a correr para o Kuss, porque penso que ele está a sentir-se realmente bem. Não me parece que se vão atacar entre si. Acho que, enquanto equipa, temos de tentar algo, porque eles parecem muito fortes. Não estamos aqui para acabar em quarto», defendeu. Ainda assim, Almeida acredita que é «possível» rebocar o seu colega espanhol Juan Ayuso, atualmente quarto a 02.37 minutos de Kuss, até ao pódio. «Temos de fazer a corrida dura para tentar que um deles tenha um dia mau, perca tempo. E, a partir daí, subimos automaticamente ao terceiro lugar, com o Juan. Obviamente, cada lugar que subimos torna-se mais difícil, mas acho que o terceiro lugar é bastante possível», sustentou. O quinto classificado da Vuelta-2022 falou ainda sobre a possibilidade de a próxima edição da Vuelta começar em Lisboa, notícia avançada pela imprensa espanhola: «Seria bastante bom. Não sei se estarei à partida. Claro que se começar em Lisboa é um bocado diferente.Começar em Lisboa, no nosso país, é uma boa desculpa para fazer a corrida, mas logo vemos quando sair verdadeiramente o traçado.» «Seria bastante bom [a Vuelta de 2024 começar em Lisboa]. Não sei se estarei à partida. Claro que se começar em Lisboa é um bocado diferente»