Cinco corredores portugueses competem esta quarta-feira no dia inaugural do Campeonato da Europa de Estrada, em Drenthe, Países Baixos, nos contrarrelógios de elite e sub-23. No primeiro, a seleção nacional participa apenas nas provas de masculinos, por Nelson Oliveira (cuja partida é às 15.48 horas em Portugal Continental) e Ivo Oliveira (15.18 h), e em sub-23 tanto em homens como em mulheres, por António Morgado, Gonçalo Tavares e Daniela Campos. Esta terça-feira os corredores procederam ao indispensável reconhecimento dos percursos, que para sub-23, nas duas categorias de género, têm 20,6 quilómetros de extensão, e para elites 29,5 quilómetros, ambos com trajetos totalmente planos, mas em que o previsto vento forte, habitual naquela região norte neerlandesa, será um opositor a valorizar. «Quando competimos nos Países Baixos já sabemos que há grande probabilidade de os percursos serem planos e bastante expostos a vento forte. Temos de nos adaptar o melhor possível para lutar por bons resultados. Isso é válido para o contrarrelógio, mas também para as provas de fundo, nas quais temos um coletivo forte para este percurso, sobretudo em elite», considera o selecionador nacional da equipa masculina, José Poeira. Opinião corroborada por Nelson Oliveira, o mais experiente dos contrarrelogistas portugueses neste Europeu e acabado de chegar da Volta a Espanha, onde, como referência, obteve promissora 9.ª posição no contrarrelógio individual da 10.ª etapa, em Valladolid (25,8 km). «Vai ser um crono muito rápido, porque é plano e nada técnico, quase sempre em retas. O vento terá forte influência, será necessário ter um domínio completo da bicicleta, porque pode haver rajadas que nos atirem para fora da estrada. O vento será de costas na fase final. Nestas condições, os ciclistas mais pesados saem beneficiados, mas vou dar o máximo. Depois da Volta a Espanha ainda não sei como o corpo irá reagir, mas espero que bem», o corredor, de 34 anos e 67 kg. «Vai ser um crono muito rápido, porque é plano e nada técnico, quase sempre em retas. O vento terá forte influência, será necessário ter um domínio completo da bicicleta, porque pode haver rajadas que nos atirem para fora da estrada» Por seu lado, José Luis Algarra, selecionador nacional da formação feminina, identifica pontos positivos no percurso com grandes retas. «Permitem ver a corredora que segue à frente, o que é importante num contrarrelógio, porque motiva quem persegue. A Daniela [Campos] terá de gerir muito bem a energia, mas o mais importante será saber ler os sinais do corpo e as sensações ao longo da prova», refere o responsável técnico. Após a provas de quarta-feira, os portugueses voltam a competir na sexta-feira nas corridas de fundo de sub-23 em masculinos e femininos.