Ao concluírem a prova no 7.º lugar, Catarina Costa (-48 kg) e Telma Monteiro (-52 kg) foram, hoje, as melhores portuguesas e únicas a conseguirem passar do primeiro combate no Masters de Budapeste, que decorre, até domingo, na Laszlo Papp Arena e marca o reinício do Circuito Mundial após um mês de paragem. Etapa exclusiva aos 36 melhores judocas do ranking e aquela que irá atribuir mais pontos para a qualificação olímpica até aos Jogos de Paris-2024. Fazer um bom resultado e sobretudo chegar ao pódio na capital húngara pode significar um passo importante, para muitos até decisivo, na corrida aos Jogos de Paris. Desta vez, tanto Catarina como Telma, as únicas portuguesas, em ambos os sexos, a já terem sido medalhadas num Masters, não lograram subir ao pódio, mas ainda assim somaram 468 pts pela 7.ª posição. Isenta da ronda inaugural, Catarina (8.ª do ranking) apenas entrou em ação a meio da manhã, altura em que Rodrigo Lopes (-60 kg), Maria Siderot (-52 kg) e Joana Diogo (-52 kg) já haviam sido afastados. Tendo pela frente a sul-coreana Hyekyeong Lee (29.ª), a judoca da Ac. Coimbra não teve um combate fácil, muito tático, em que apenas superou a asiática com um wazari a 26s do prolongamento. Isto pouco depois de ter recebido um perigoso segundo castigo que deixava ambas à beira da exclusão. Mas se a vice-campeã da Europa e bronze no Masters de 2022 havia conseguido equilibrado a luta contra Lee, as coisas complicaram-se nos quartos de final face à japonesa Wakana Koga (9.ª), medalhada em dois dos últimos três campeonatos do mundo e que acabou por eliminar Catarina, por ippon, em 1.46m. Isto na sua caminhada até à conquista do ouro na final contra a americana Maria Laborde (19.ª), que aos 33 anos e de regresso à competição ao mais alto nível, foi uma das sensações do dia. Repescada para a discussão do 3.º lugar, Costa, de 26 anos, viu-se arredada da prova ao sofrer um segundo wazari aos 2.24m contra a italiana Assunta Scutto (2.ª), que em Budapeste repetiu o bronze conseguido, em maio, no Mundial de Doha. Quanto a Telma (14.ª), aos 37 anos tentar fazer história na modalidade caso participe nuns jogos olímpicos pela sexta ocasião, começou por ultrapassar a brasileira Jessica Lima (15.ª) com um wazari quando ainda restavam 2.10m no cronómetro, A tarefa que se seguia não é fácil pois bronze nos Jogos do Rio-2016 tinha pela frente a líder do ranking e campeã mundial Chirsta Deguchi. Adversária face à qual somava três derrotas nas três ocasiões que se encontraram. A canadiana tentou impor cedo o seu judo, mas o máximo que conseguiu foi provocar um castigo a Telma. Tudo mudou quando, a 15s do fim, num ataque a judoca do Benfica, Degushi sentiu uma dor nas costelas do lado direito. Parou, respirou fundo e quis continuar. Não por muito tempo pois aos 26s do golden score Telma resolveu a questão da passagem aos quartos de final com uma chave de braço. Quatro vezes medalhada num Masters, a heptacampeã europeia parecia lançada para o quinto pódio no evento, no entanto, o primeiro revés surgiu contra a alemã Pauline Starke (12.ª), que marcou um wazari a 39s do fim. Apurada para a repescagem, tal como Catarina, também Telma não foi além do confronto inicial, aqui vendo-se eliminada pela francesa Priscilla Gneto (11.ª) com um terceiro shido a 50s do fim. Sábado, Portugal terá apenas em ação Bárbara Timo (-63 kg, 12.ª), que no primeiro combate defronta a neerlandesa Joanne Lieshout (9.ª). Seleção Nacional Masculinos -60 kg Rodrigo Lopes não classificado (0 v-1 d) -100 kg domingo Jorge Fonseca (14.º) G. Udsilauri (Ale) Femininos -48 kg Catarina Costa 7.ª classificada (1 v-2 d) -52 kg Maria Siderot não classificada (0 v-1 d) -52 kg Joana Diogo não classificada (0 v-1 d) -57 kg Telma Monteiro 7.ª classificada (2 v-2 d) -63 kg sábado Bárbara Timo (11.ª) J. Lieshout (Pb) +78 kg domingo Rochele Nunes (13.ª) S. Andrews (Nzl) Selecionadores: Pedro Soares e Marco Morais
