Camilo Abdula sagra-se vice-campeão mundial
Fotografia Facebook Camilo Abdula

Camilo Abdula sagra-se vice-campeão mundial

SURF08.11.202418:37

Parasurfista de Sines melhora bronze conquistado em 2023 e termina no pódio pela terceira vez em quatro presença em finais de campeonatos do mundo. Sábado é a vez da tricampeã Marta Paço defender o título arrebatado, há um ano, precisamente em Huntington Beach.

Camilo Abdula sagrou-se, esta sexta-feira, em Huntington Beach, na Califórnia (EUA), vice-campeão do Mundo de Para Surfing categoria stand 1, no 9.º ISA World Para Surfing Championship.

Campeão mundial de para surfing em 2022, bronze em 2023 e ouro no Europeu em 2023, Abdula havia-se qualificado, quarta-feira, para a bateria de decisão das medalhas e, apesar de não ter voltado a celebrar o título, os 14,50 pontos registados permitiram-lhe garantir a permanência no pódio, apenas batido pelo japonês Shingo Kato (14,80 pts) tendo o gaulês Maxime Clarkin (11,19) ficado com o bronze, enquanto o também japonês Suguro Nara (4,92) foi 4.º.

«Estive em terceiro na maior parte do heat, passei para segundo já perto do fim e não consegui o 6 que precisava para o ouro», lamentou Camilo à comunicação da federação de surf. «Há o dever cumprido, mas também alguma frustração por não ter conseguido o ouro. Fundamentalmente, sinto-me feliz por ter trazido mais uma medalha para Portugal. Foi um ano difícil em termos pessoais, mas esta medalha dá-me alguma felicidade», revelou ainda o surfista de Sines.

Foi a quarta ocasião que Camilo chegou à final do campeonato do mundo de para surfing stand 1, depois de, há um ano, igualmente na mesma praia nos arredores de Los Angeles, ter sido 3.º classificado (7,73 pts) na final ganha pelo brasileiro Roberto Pino (16,94). Em 2021 havia concluído a competição na 4.ª posição, a quem é atribuída a medalha de cobre.

«Foi uma bateria muito disputada, em que o Camilo lutou até ao fim, mas reconhecemos que é um resultado justo. Talvez se entrasse mais um set, o Camilo, que está a surfar muito bem, pudesse ter chegado ao ouro, mas é uma participação boa para o coletivo que está a melhorar os resultados do ano passado, com esta medalha e com o 9.º lugar do Afonso Faria. E amanhã temos a Marta a tentar ser tetracampeã mundial», referiu o presidente da federação João Aranha, lembrando que, sábado, último dia do evento, estará em ação a tricampeã mundial Marta Paço, na categoria VI 1, destinado a surfistas invisuais.

Para chegar à final a surfista de Viana do Castelo derrotou a espanhola Carmen Lopez e as francesas Valentina Moskoteoc e Juliette Mas.