Ben O'Connor continua de camisola vermelha, mas tem-na cada vez menos segura. Esta terça-feira, na 16.ª etapa, que terminou nos célebres nos Lagos de Covadonga, na Astúrias, o australiano da Decathlon AG2R La Mondiale perdeu 58 segundos de 1.03 minutos de que dispunha de vantagem na liderança desta Vuelta à partida para esta tirada montanhosa, em Luanco. Resta-lhe, assim, apenas 5 segundos sobre o segundo classificado, o cada vez mais ameaçador Primoz Roglic, com também cinco etapas por disputar, incluindo mais duas de montanha extremamente exigentes e o contrarrelógio final. Em dificuldades após o ataque do espanhol da Movistar, Enric Mas, ainda a meio da subida final, O'Connor viu-se por sua conta para manter a La Roja. «Na verdade, não pensei que este dia fosse tão mau para mim, mas no final ainda tenho a camisola [vermelha], por isso é um fator positivo e de motivação, pelo menos, para as próximas duas etapas, em que será mais fácil defendê-la», declarou o corredor de 30 anos, após a meta, nos Picos de Europa. «Só tenho de aproveitar ao máximo, porque não tenho a certeza se vou conseguir estar na liderança em Madrid [no último dia da competição, no próximo domingo]», reconheceu O’Connor, que hoje alinhará na 17.ª etapa com outros dois australianos líderes de classificações individuais nesta edição da Volta a Espanha: Jay Vine (UAE Emirates), que enverga a camisola às bolinhas azuis de melhor trepador e Kaden Groves (Alpecin-Deceuninck), que comanda a classificação por pontos, cujo símbolo de liderança é a camisola verde. Ambos ascenderam ao topo das respetivas tabelas após a desistência, ontem, do belga Wout van Aert (Visma-Lease a Bike), devido a queda (ver caixa à esq.) «O ciclismo australiano produz sempre bons corredores e é bom ver-nos a lutar na frente», referiu o detentor da camisola vermelha.