Autarquias preveem retorno económico superior da Vuelta’24
Fotografia Alexandre Pona/La Vuelta

Autarquias preveem retorno económico superior da Vuelta’24

CICLISMO25.10.202322:46

Lisboa, Cascais e Oeiras uniram-se a Governo, organização da prova e federação de ciclismo

O retorno económico que será gerado pelo acolhimento de três etapas da Volta a Espanha de 2024 em Portugal, as primeiras da 79.ª edição da prova, será superior ao previsto, defendem os responsáveis das autarquias envolvidas.

Com uma caravana esperada de 3000 pessoas, entre equipas e comunicação social, a estimativa para retorno direto, em dormidas e consumo, ascende aos 500 mil euros diários, um número que permitiria duplicar o investimento, orçamentado em dois milhões de euros.

Fotografia Alexandre Pona/La Vuelta

«É uma aposta ganha. Bom para o turismo, bom para as pessoas. Há uma organização extraordinária por detrás disto tudo. Vai haver uma realização mediática importante. Dá visibilidade às cidades, dá visibilidade ao país e, por trás dessa visibilidade, vem o retorno financeiro», defendeu o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, durante a conferência de imprensa que decorreu ontem no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, onde o vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz, declarou que os números apontados para o retorno económico do acolhimento da primeira etapa «são muito conservadores» e acredito que as vantagens «serão ainda maiores».

Fotografia Alexandre Pona/La Vuelta

«Ter a Vuelta a começar em Portugal é um orgulho enorme para todos. Os grandes eventos hoje querem estar connosco, como em Oeiras e Cascais, e isso é absolutamente extraordinário para o turismo», defendeu o autarca de Lisboa, Carlos Moedas, argumentando que o impacto mediático que o evento terá é incalculável em termos financeiros.

Fotografia Alexandre Pona/La Vuelta

Os três Cês do Governo

Mas nem só do retorno financeiro se falou nesta apresentação portuguesa do arranque Vuelta2024, cuja primeira etapa, um contrarrelógio de 11 quilómetros, vai começar junto ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, e terminar na Praia da Torre, em Oeiras, em 17 de agosto. A segunda etapa vai, depois, ligar Cascais a Ourém no dia 18, antes de os ciclistas rumarem ao interior, para uma ligação entre a Lousã e Castelo Branco em que a Serra da Estrela não ficará de fora. 

Fotografia Alexandre Pona/La Vuelta

«Este evento reúne três Cês: o primeiro C tem de ver com a comunicação, porque dá um contributo muito grande para o reforço da notoriedade de Portugal no estrangeiro, de um evento que será transmitido em direto para 190 países e que mobiliza 1000 jornalistas», começou por enumerar, na ocasião, o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços.

Nuno Fazenda indicou que o segundo C diz respeito à coesão, uma vez que a Vuelta «parte de três belíssimas localidades», mas depois vai percorrer e ficar no interior, tocando na Serra da Estrela. «Queremos turismo em todo o território e ao longo de todo o ano», acrescentou o governante. 

«E um terceiro C, de cooperação. Este evento assinala também simbolicamente a boa cooperação de várias entidades. Mobiliza seis municípios, […] dois organismos regionais do Turismo, a que se junta também a parceria com a Federação Portuguesa de Ciclismo e também a cooperação bilateral entre dois países, Portugal e Espanha», concluiu o secretário de Estado.

«E um terceiro C, de cooperação. Este evento assinala também simbolicamente a boa cooperação de várias entidades. Mobiliza seis municípios, […] dois organismos regionais do Turismo, a que se junta também a parceria com a Federação Portuguesa de Ciclismo e também a cooperação bilateral entre dois países, Portugal e Espanha», concluiu o secretário de Estado.

Fotografia Alexandre Pona/La Vuelta

Quanto aos proveitos desportivos da Vuelta no ciclismo português, o presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo Delmino Pereira, recordou o «sucesso da experiência em 1997. [...] Para o ciclismo português, a vantagem maior que temos é a valorização da modalidade». Por seu lado, o diretor da Vuelta destacou «a magia da prova, capaz de conectar dois territórios, dois países», afirmou Javier Guillén.