Orluís Aular (Caja Rural), de 26 anos, venceu a Volta à Croácia, enriquecendo o palmarés depois de já ter conquistado, em março, a Clássica da Arrábida e repetido o triunfo na Volta ao Alentejo na qual tinha sido primeiro em 2022. Isto sem contar que, em julho, juntou a conquista da medalha de ouro na prova de fundo nos Jogos Centro-Americanos, sagrando-se ainda campeão nacional de fundo. A última etapa da Volta à Croácia entre Samobor e Zagreb, com 157,5 km, terminou de forma complicada, com o líder Aural a sofrer uma queda a 200m da meta. Embora o acidente se tivesse verificado na zona de proteção dos 3 km, as bonificações poderiam ter influencia no desfecho da classificação geral. Valeu na circunstância o triunfo ao sprint do neozelandês Campbell Stewart (Jayco) com 3.17,49 h, seguido de Alexander Kristoff (Uno-X ) e Gal Glivar (Adria). Com esta vitória o ciclista da Jayco-Alula eliminou a hipótese de Alexander Kristoff (Uno-X) que finalizou em 2.º da geral a 3s do venezuelano, ganhar a prova. Tendo Ethan Hayter (Ineos) completado o pódio. O facto do acidente se ter verificado na designada zona de proteção, os ciclistas só beneficiam da aplicação da regra de atribuição do tempo do grupo do qual faziam parte, desde que cortem a meta, como foi o caso de Orluís Aural. A fuga de Martin Pedersen (Lidl), Travis Stedmann (Q 36,5), Mario Gamper (Santic), Mateusz Constanski (Voster ) e Aljaz Turk (Adria) foi importante e benéfica para a Caja Rural, que controlava o pelotão e fugitivos, neutralizados no decorrer da última das cinco voltas ao circuito em Zagreb e após a curta vantagem de 35s se ter esfumado. Aural venceu a geral com a diferença de 3s para Alexander Kristoff (Uno-X), 7s para Ethan Hayter (Ineos), 9s para Magnus Sheffield (Ineos) e 13s para Gal Glivar (Adria), que fechou o top 5. Iuri Leitão, que teve papel importante na estratégia da Caja Rural e para a defesa da liderança de Aural, cortou a meta em 10.º lugar, finalizando na 84.ª posição a 32,26m do vencedor. O vianense, de 25 anos, que termina contrato no final do ano (fala-se na possível renovação por mais duas épocas), é um sprinter por excelência, sobretudo na pista, onde nos últimos Mundiais em Glasgow ganhou o ouro no omnium, que juntou ao título de campeão nos Campeonatos da Europa no scratch em 2022 e seis medalhas de prata e duas de bronze. Na estrada, ao serviço dos espanhóis da Caja Rural-Seguros RGA, regista 5 vitórias em 2023: uma etapa na Croácia (Novalja); duas no Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela (Figueira de Castelo Rodrigo e Pinhel); geral e uma etapa (Kyparissia) no Tour de Hellas, na Grécia. Em 2022 ganhou a 2.ª etapa da Ronde L’Oise. Por nove vezes esta temporada e catorze do ano passado, classificou-se entre os dez melhores nas provas em que participou.
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