Pouco se falou na descida de categoria das WorldTeams ou ProTeams, situação que normalmente só é valorizada quando se aproximam as renovações por parte da Comissão de Licenças da UCI, para as quais são determinantes os pontos conquistados nas últimas três temporadas, que resultam na média que fará parte do processo de licenciamento e que acontecerá no final de 2025. A sua importância obriga algumas equipas das 1.ª e 2.ª divisões a colocarem em campo corredores de todo o mundo e até fora de época. Será por exemplo o caso da Astana, que contará com Quesada para brilhar no Chile, enquanto o Team Corratec colocará seis ciclistas no Cicloton de Hong Kong. Existem duas equipas (Astana 20.ª com 7.229 pontos e Arkéa-B&B Hotels 19.ª com 6.959,7 pontos) que devem despertar, porque no caso de o ciclo terminar este ano, ambas perderiam a Licença World Tour, em virtude da sua pontuação não se encontrar entre as 18 melhores, número limitado na máxima divisão. O rendimento da Astana foi bastante discreto, o que se refletiu nos resultados. A formação do Cazaquistão apenas somou um triunfo no World Tour em 2023, ao vencer por Mark Cavendish a última etapa da Volta à Itália em Roma, enquanto os franceses conseguiram 10 triunfos embora nenhuma delas fosse de grande importância. Os objetivos da Astana encontram-se nas pernas e sprints de Mark Cavendish, que decidiu continuar mais um ano como profissional e reforçar o comboio da equipa ao lado de Morkov, Kanter e Ballerini, sendo que uma vitória na Volta à França faz parte dos principais objetivos do ciclista britânico para tentar bater o recorde de 34 vitórias que detém no Tour, juntamente com o lendário Eddy Merckx. Arnaud Démare será a grande aposta na Arkéa depois da saída de Warren Barguil, enquanto Lotto e Israel, que realizaram uma época sem grande fulgor, conseguiram somar pontos importantes, Lotto Dstny (9.ª classificada com 1.110,6 pontos) e Arkéa (19.ª classificada com 7.229 pontos). AG2R e Team DSM encontram-se por enquanto a salvo de grandes preocupações embora atentos à evolução do ranking. A vantagem de cerca de 2.000 pontos é confortável, que poderá ser alterada quando a situação se tornar mais apertada na obtenção de pontos, com as alianças entre equipas a serem problemáticas, mas determinantes no acerto de contas.