Concluindo uma corrida que primou pela regularidade e na qual a montanha marcou presença ao longo das quatro etapas, António Morgado (Hagens-Berman-Axeon) classificou-se em quarto lugar na geral, a 41 segundos do dinamarquês Mathias Bregnhoj (Leopard Togt) que foi o vencedor, com Matej Zahálka (Elkov) a 8 segundos e Thibaud Gruel (Groupama-FDJ) a 33 segundos a completarem o pódio. Depois de ter vencido o Tour de Rhodes, António Morgado ficou à porta do pódio no Circuito das Ardenas, com o seu inseparável companheiro de equipa Gonçalo Tavares a classificar-se na 28.ª posição. «Não contava ficar tão bem classificado, a segunda etapa não correu nada bem, mas recuperei no terceiro dia e podia até discutir os primeiros lugares. A neutralização na ultima etapa prejudicou quem pensava atacar na subida como era o meu caso, mas não posso reclamar porque foi igual para todos com a agravante de terem existido algumas quedas no percurso que foi neutralizado. O balanço é positivo pelo lugar conquistado, assim como pela experiência que se vai adquirindo neste tipo de corridas. O meu objetivo é estar em boa forma em julho e agosto, até lá vou aproveitando as oportunidades. Vou dar um salto a casa para ver a família e os amigos, aproveito para tomar uns banhos na praia de Salir do Porto e regressar porque no sábado vou correr a clássica Liége-Bastogne-Liége para sub 23», declarou a A BOLA o ciclista da Hagens-Berman-Axeon, quando viajava a caminho do aeroporto para embarcar para Lisboa. A neutralização da etapa a 13 km da meta na passagem de nível em Nouzonville, matou as possibilidades dos ciclistas que corriam para os primeiros lugares, pudessem atacar a fase final que incluía uma contagem de montanha de 1.ª categoria. A etapa recomeçou 3 km mais adiante no início da subida com o pelotão compacto, as esporádicas tentativas de ataque não resultaram, porque a subida de 1.ª categoria só tinha o nome e foi ultrapassada em pelotão. O mesmo não se poderá dizer das descida muita técnica e rápida, que originou a formação de vários grupos que se reagruparam na entrada dos dois últimos quilómetros. Após um apertado sprint os comissários tiveram que recorrer ao photo-finish, atribuindo a vitória ao americano Luke Lamperti (Trinity), vencedor em Ourique da 1.ª etapa da Volta ao Alentejo, com Thibaud Gruel (Groupama-FDJ) e Alberto Bruttomesso (Itália) nas posições imediatas. António Morgado cortou a meta no 11.º lugar que lhe permitiu finalizar em quarto lugar na geral, Gonçalo Tavares (Hagens-Berman) foi 44.º na meta subindo para 28.º na geral. A última etapa percorrida entre Bazeilles e Charleville-Méziéres na distância de 138,7 km, iniciou-se com a fuga de nove ciclistas, Reutimann (Felbermayr), Van Der Beken (Bingoal), Gelders (Soudal), Pellaud (Tudor), Brynsrud (Uno-X) Marcerou (Vendée), Van De Wynkele (Lotto), Karsten (DSM) e Van Der Poel (Alpecin) que não conseguiram ultrapassar a vantagem de 1,30 m. Depois da segunda passagem pela meta e a caminho da ultima volta ao circuito, a fuga foi anulada a 14 km da meta, para um quilometro mais adiante ser neutralizada, verificando-se uma chegada em pelotão.