Albertinho prorrogou contrato com a FPN até dezembro
António José Silva, presidente da federação, confirmou a A BOLA que o vínculo com o treinador nacional Alberto Silva, que iria terminar após os Jogos de Paris-2024, foi prolongado até final do ano de forma a garantir a continuidade e estabilidade até ao Mundial de Budapeste, em dezembro, e para seja escolhido o sucessor, ou continuidade do mesmo, após as eleições da FPN, no mesmo mês já que haverá no líder no organismo.
«Em reunião de direção da federação ficou decidido que o Albertinho vai continuar a ser o selecionador até final deste ciclo. Depois, quando houver uma nova direção, será ela a decidir o que quer fazer. Mas, até final deste ciclo, será ele», declarou a A BOLA António José Silva, presidente da federação de natação, confirmando ter havido uma prorrogação de contrato, até dezembro, com o treinador Alberto Silva, o homem que tem potenciado as capacidades, e resultados, dos duas vezes campeão mundial Diogo Ribeiro, assim como a qualificação olímpica de Miguel Nascimento para Paris-2024, e que também é o responsável máximo da equipa de técnicos de natação do CAR Jamor.
Treinador com maior palmarés da natação brasileira, tendo múltiplos medalhados em Jogos Olímpicos, campeonatos do Mundo e Pan-Americanos, Albertinho, como é conhecido, iniciou o vínculo com a FPN há três anos, logo após os Jogos de Tóquio, e iria cessar essa ligação com a conclusão da natação pura nos Jogos de Paris, dentro de duas semanas.
Muito se tem discutido sobre a continuidade de Albertinho ou não no cargo. Mas existe sempre um problema: a não continuidade de António José Silva à frente da federação por ter atingido o limite de três mandatos. Isso impede que, caso fosse desejado, não poder haver um compromisso para novo ciclo olímpico até Los Angeles-2028, pois o presidente irá mudar e, para já, existem, três pré-candidatos: Miguel Arrobas, Rui Bettencourt Sardinha e Avelino Silva.
Só que as eleições para os órgãos sociais da federação apenas deverão realizar-se em novembro ou até mesmo no início de dezembro e, até lá, a natação pura no CAR, onde se treina Diogo Ribeiro, ficaria sem técnico principal quando, em dezembro, haverá o Mundial de Budapeste em piscina curta.
Desta forma fica assegurada a transição até que, o novo presidente da FPN decida quem sucederá a Albertinho ou se este renova. Isto sem contar com a possibilidade de Diogo Ribeiro ir treinar para o estrangeiro, face aos convites que têm aparecido quando ainda não renovou com o Benfica.
«A intenção foi dar oportunidade de quem vier decidir qual é o futuro do alto rendimento em Portugal. Se quer manter o Albertinho ou prefere outra opção. É preciso não esquecer que até ao final do ciclo ainda temos o provas de apuramento e o campeonato do Mundo de piscina curta. É preciso precaver essas competições», disse.
«Com a saída de José Machado de diretor desportivo nacional mais premente se tornava a manutenção do treinador de alto rendimento da FPN. Por isso, por decisão da direção houve um prolongamento do contrato até final do ciclo», justificou.
Recorde que, no final de agosto, José Machado deixa a FPN, onde se encontrava há dez anos e já havia sido diretor técnico nacional para a natação até ao ciclo anterior, para substituir Ricardo Santos como treinador do Benfica, juntamente com Miguel Frischknecht.
Olhando para trás, passados três anos, Albertinho foi uma aposta ganha? «Acho que isso é inquestionável. Foi uma aposta mais do que ganha. Catapultou a natação para patamares nunca antes vistos, principalmente a nível internacional», analisou.