Rio Ave Yanina e filhos: adeptos especiais fugidos da Ucrânia (vídeo)
«Se Hitler não chegou a Portugal, Putin também não chegará». É com esta frase forte que Yanina resume a escolha de Portugal, e de Vila do Conde em particular, para se refugiar após a invasão da sua Ucrânia natal, desde 24 de fevereiro de 2022, pela Rússia. E hoje, com os dois filhos, Dzahvad e Santa, é uma feliz adepta do Rio Ave e encontrou na localidade nortenha um porto de abrigo seguro, para os descendentes poderem crescer em paz.
«Morávamos em Kiev. Quando começou a guerra, pensávamos que seria ‘soft’, que cairiam só algumas bombas. Quando acabou a comida e sai à rua e vi militares com armas por todo o lado, percebi que tinha de sair [da Ucrânia]. Se não tivesse filhos, tinha ido eu próprio pegar em armas e defender o país, no exército. Todas as noites, havia bombardeamentos: os meus filhos pediram-me para ir embora», revelou Yanina.
A ucraniana é, hoje, uma adepta especial do Rio Ave, que tenta refazer a vida do zero e encontrou em Vila do Conde e no clube local apoio, de tal forma que hoje são já adeptos especiais do emblema, merecem entrevista, que o clube da Liga divulgou na tarde deste sábado na página do clube na rede social Twitter’ e respetivo canal na plataforma YouTube.
«Coloquei as nossas vidas nas mãos de Deus. Não podíamos dormir, as crianças estavam sempre com medo. Pensei que tínhamos de ir. Quero ficar aqui, aprender português, conseguir um trabalho. Tenho medo de voltar», resume Yanina, numa marcante história de vida e singelo gesto de solidariedade do Rio Ave para com os maus carenciados e que tiveram de largar tudo com uma mão à frente e outra atrás da Ucrânia tendo demandado Portugal em busca de futuro.
Uma história que pode ver na íntegra: