— Que análise faz à partida?— Quero enaltecer o espírito dos meus jogadores, de conquista, não são todas as equipas que fazem o que fizemos há três noites, ganhando um título, e jogam com esta determinação. Sofremos golo de bola parada, temos de rever, já é o segundo, mas tenho a certeza de que somos justos vencedores. Fizemos ajustes na segunda parte, para ter o Zeki [Amdouni] mais próximo do Arthur [Cabral] e Schejlderup para zonas mais interiores. Tivemos pouco espaço na primeira parte, Farense com a sua linha se cinco bloqueou-nos. Na segunda parte percebemos como fazer os nossos movimentos em zonas diferentes do campo, encontrámos espaços e somos justos vencedores. — Nico Otamendi confortou Di María no final.— É a mentalidade de campeão que quero na equipa, a mentalidade de campeão é o que nos leva à excelência, é estar sempre pronto e disponível para jogar. Dos mais velhos, Nico [Otamendi] tem esse carisma e essa mentalidade e tem de ajudar os mais novos a ter essa mentalidade. Equipa está com mentalidade muito boa, mas tem de atingir nível de excelência. — Que disse aos jogadores ao intervalo?— A conversa que tivemos não posso dizer aqui, mas disse à equipa para ser assertiva, que só uma equipa de vencedores é que três dias depois de ganhar um troféu tem uma eliminatória destas, que também nos pode dar um título importante, um título que o Benfica não vence há muito tempo. — O que pode dizer sobre a lesão de Di María?— Ainda nada, apenas o que o jogador disse quando chegou ao banco, que sentiu um ligeiro desconforto [muscular]. E fizemos a alteração de imediato. — Lesão de Renato Sanches pode obrigar o Benfica a ir ao mercado?— É mentalidade de campeão e de superação, mas o desafio é sempre esse. Não pensar muito na parte negativa, pensar já na recuperação. Ele sabe que tem o treinador, a equipa técnica e o grupo de trabalho para o acolher da melhor maneira. — António Silva deu passinho à frente em relação a Tomás Araújo?— Todos vão dando passinhos à frente. O treinador tem Akturkoglu que chegou e fez seis, sete golos, Schjelderup que fez dois golos em pouco tempo, é o que pretendemos. Ter a capacidade de a todo o momento escolher os que estão em melhor forma. António tem dado passos em frente muito bons sempre que foi chamado, o Tomás Araújo fez dois jogos a lateral-direito muito bons, Andreas [Schjelderup] está a corresponder, Barreiro fez grande jogo, importante é sentirem que estou a olhar para eles e que dou a oportunidade de jogar. — Schjelderup volta a estar num excelente nível. É alguém que renasce neste Benfica? Pode ser um exemplo?— Não sei se renasce ou não. Sei que começou a jogar connosco. Está no Benfica há algum tempo, começou a jogar connosco. Sinto que o lançámos no momento certo. Quando chegámos, em setembro, o Akturkoglu fez seis ou sete fantásticas exibições e agora temos uma alternativa muito válida que é o Andreas [Schjelderup]. Tenho dois jogadores com golo, que sabem jogar entre linhas, para a mesma posição. Sou um treinador feliz. É isso que quero nas diversas posições.