Desde que Vítor Pereira pegou no Wolverhampton, a equipa somou duas vitórias – frente a Leicester e Manchester United – e empatou em casa do Tottenham. Os sete pontos somados permitiram ao clube deixar a zona de despromoção e o português Nelson Semedo elogia o papel do compatriota no banco. «A principal coisa de que precisávamos era uma mudança. Vítor Pereira chegou e três dias depois parecíamos outra equipa. Uma equipa melhor. Uma versão melhorada de nós. Todos sabíamos que podíamos chegar lá, mas não conseguíamos atingir aquele nível antes», começou por dizer, em entrevista à Sky Sports. Nesse sentido, o lateral elogia a facilidade com que Vítor Pereira conseguiu transmitir a mensagem e a sua ideia de jogo. «Começa tudo nos treinos, porque é nos detalhes que está o segredo. Ele demorou duas horas a explicar-nos como queria que jogássemos, como pressionar, como queria que defendêssemos. Todos estão contentes com isso, agora. E continuamos a melhorar», nota, garantindo que o tratamento de Vítor Pereira fora de campo também contribuiu para a mudança de estado de espírito da equipa. «Ele é muito exigente, mas é boa pessoa. Por exemplo, tivemos um par de dias de folga na passagem de ano porque ele percebeu que merecíamos isso. Ele sabe quando dar um docinho à malta. Todos vieram mais felizes e com mais energia», garante. Um dos grandes beneficiários da entrada de Vítor Pereira para o lugar que antes era ocupado por Gary O’Neill foi Gonçalo Guedes, que tinha sido titular apenas uma vez em jogos da Premier League, mas que entrou no onze nos dois primeiros jogos sob comando do português. Semedo conhece Guedes desde os tempos do Benfica B e que defende que o amigo está um jogador novo. «Ele está feliz e realmente focado. Acho que ele está um homem diferente agora. Ele tem uma grande capacidade de leitura do jogo e joga ao meu lado, por isso nem precisamos de falar. Ele adaptou-se bem e está a ser importante para nós», descreve. O lateral-direito internacional português cumpre a quinta época no Wolverhampton, é capitão e termina contrato no final da época. De saída? «Não diria isso. Ainda temos seis meses pela frente e adoro a Premier League. Veremos o que o futuro nos reserva», desvaloriza.
