Vítor Paneira arrasa arbitragem do Varzim-Canelas: «Alguém não deixou...»
Treinador varzinista não poupa críticas à equipa liderada por João Pinho e pede ao «Conselho de Arbitragem para analisar o jogo ou então para o guardar para sempre»
Vítor Paneira arrasou a arbitragem de João Pinho no encontro deste sábado entre Varzim e Canelas (1-1), relativo à 6.ª jornada da Série A da Liga 3.
O treinador dos poveiros surgiu na conferência de imprensa visivelmente agastado pelo que se passou em campo e, no momento de falar aos jornalistas, disse o que lhe ia na alma.
«Vou-me arriscar a ser castigado e eu não quero. A única coisa que peço, com todo o respeito, ao Conselho de Arbitragem é que analisem este jogo ou então que o guardem para sempre. Que o escondam da opinião pública. E sobre a arbitragem não digo mais nada porque não vale a pena», começou por dizer.
Mas, afinal, o assunto ainda não estava encerrado. Nem relativamente à arbitragem de João Pinho, nome que Vítor Paneira nunca mencionou, nem no que diz respeito ao Canelas: «Fomos claramente a melhor equipa, num relvado que não nos ajudou nada, é preciso dizer isso. O nosso relvado sofreu um problema durante este tempo que nos impediu de jogar ainda melhor. Mas dominámos o jogo todo, fomos a equipa que acelerou, que jogou, que controlou, que teve posse de bola e situações de golo. A outra equipa limitou-se a não ter bola, porque nós não deixámos, e a jogar com as cotoveladas, com os punhos e com os murros…Merecíamos, de longe, ter ganho o jogo, deveríamos ter ganho a nossa vantagem para o Canelas, pelo que fizemos, mas não conseguimos. Não foi porque não quiséssemos ou porque a bola não entrou, foi porque alguém não deixou.»
Os aplausos que os varzinistas tributaram à equipa no final da partida foram, na ótica de Paneira, a prova de que os jogadores tinham dado tudo, sendo que o técnico foi ainda mais longe e falou do empate como «um mal menor». «Acho que os adeptos devem sentir-se orgulhosos. Eu sempre disse que íamos ter uma equipa à imagem da massa associativa. Apoiaram-nos em número enorme, mais uma vez, e no final reconheceram o que nós fizemos e perceberam que era impossível ganharmos. Não perdemos, eu diria até que é um mal menor, porque estava tudo feito para nós, se calhar, não ganharmos o jogo», concluiu.