Tudo no futebol se rege pela escala dos milhões. São os orçamentos, são as desejadas transferências… E treinador que consiga conciliar o bom futebol, com uma produtividade pontual acima da média entre as quatro linhas e vendas milionárias é seguramente merecedor, também ele, de uma atenção redobrada por parte de quem manda nos clubes ou nas sociedades desportivas. É assim em Portugal, na Europa, no Mundo. Vítor Campelos é um desses técnicos capazes de transformar em ouro tudo em que toca. A lista de jogadores que já passaram pelas suas mãos e que valeram receitas estupendas impressiona: mais de 150 milhões de euros! Basta atentar no quadro que A BOLA exibe nesta página, devidamente baseado nos insuspeitos números revelados pelo site Transfermarkt, uma espécie de bíblia por que todos os clubes e agentes se regem na hora de acertarem negócios que se sucedem numa escala planetária e com zeros infindáveis. Em semana concluída com mais uma vitória (1-0, na receção imaculada ao Casa Pia), já depois de garantida há muito a permanência, confirmando-se a campanha de valor inatacável de um Chaves que vive período de fulgor na Liga, ousando intrometer-se numa luta com adversários que montaram plantéis infinitamente mais caros, impossível dissociar o nome do treinador nascido há 47 anos no berço da nação portuguesa de uma temporada transcendental. Com o seu nome já a circular em Inglaterra — o Hull City, de acordo com informações e notícias divulgadas no lado de lá do Canal da Mancha, colocou-o entre as prioridades para atacar a época 2023/2024 rumo à Premier League —, torna-se cada vez mais fácil explicar a atenção que lhe está a ser devotada por clubes de bolsos sem fundos, sempre em busca de um técnico alquimista, que valha pontos, triunfos e milhões. Desde a época 2015/2016, em que treinou um Vitória de Guimarães B que deu a conhecer à Europa do futebol jogadores como Raphinha (atualmente no Barcelona), Al Musrati (a reinar no SC Braga, deixando a custo zero o emblema vitoriano, prevendo-se que na próxima janela de transferências venha a render soma astronómica à SAD bracarense), Tyler Boyd (agora no Los Angeles Galaxy, após três épocas na Turquia, tendo representado por exemplo o Besiktas) ou Dalbert (que chegou ao Inter de Milão), a coleção de craques trabalhados por Vítor Campelos vai aumentando numa cadência imparável. Raphinha 'superstar' Só para terem noção dos milhões em jogo: Rapinha já gerou 104 milhões desde que deixou o Vitória de Guimarães. O Sporting pagou 6,6M€ antes de o vender por 21M€ ao Rennes (França), que haveria de aceitar os 18,6M€ oferecidos pelo Leeds (Inglaterra), a quem no verão passado o colossal Barcelona passou cheque de 58M€ para ficar com os direitos económicos e desportivos do extremo que o treinador português lapidou antes de todos os outros. A ligação ao Chaves já vai em duas épocas e meia e também os transmontanos podem agradecer a Vítor Campelos a aposta feita em jogadores desconhecidos para a maioria e que após sublime campanha na Liga 2 saltaram para outras paragens a troco de 4,5 milhões de euros! Lembram-se de Aleksandro (Lille), Batxi (Krasnodar) e Kevin (Krasnodar)? Os milhões de que se seguem? João Correia e Bruno Langa são apenas dois dos futebolistas com quem o Chaves anseia encher os bolsos. De novo.
