Após a vitória do FC Porto frente ao Rio Ave, Vítor Bruno, técnico dos dragões, considerou que a sua equipa conquistou uma «vitória justa», falou sobre a semana «instável» com entradas e saídas na equipa, não faz conexões entre o jogo da Supertaça, frente ao Sporting, e o da próxima jornada, em Alvalade, e garante que os jogadores que chegaram, Samu e Deniz Gul, vão ter de lutar pelo lugar no plantel. Em poucos segundos percebeu-se que a primeira abordagem foi muito conseguida. - Sim, a entrada é forte, a primeira parte também me parece muito forte, de uma equipa adulta, madura, a saber aquilo que queria do jogo, a respeitar aquilo que foi preparado durante a semana. Foram sérios, foram honestos. Ainda assim, não capitalizámos tudo aquilo que fomos criando na primeira parte. Conseguimos ter um olhar muito vigilante aos principais alvos na saída do Rio Ave. Controlámos todos os canais de ligação interiores que sabíamos que iam ser usados pelo Rio Ave nas saídas. Do ponto de vista defensivo, a equipa esteve praticamente exímia. Fomos para o intervalo a ganhar 2-0, na segunda parte, controlámos, sem tirarmos o olhar da baliza. Podíamos ter feito mais dois, três golos, o resultado acaba por não espelhar o que aconteceu nos 90 minutos, mas estamos a falar de uma equipa que é forte, tem bons jogadores, é individualmente forte, bem trabalhada, coletivamente também muito capaz. Vitória inteiramente justa, adicionámos mais três pontos àqueles que já tínhamos. A equipa podia ter-se distraído para o jogo, devido à movimentação das últimas horas, sobre quem está e não está. Na conferência de imprensa, houve muitas perguntas sobre isso. Nada disto se notou, fez algum trabalho especial junto do grupo? - Aquilo que me deixa mais satisfeito é a maturidade que a equipa vai tendo numa semana que, realmente, foi instável e foi difícil. O que fala do lançamento do jogo, do número de perguntas em relação ao Rio Ave serem diminutas, é algo que penso que temos de corrigir, porque não foi só agora. Aconteceu com o Gil Vicente, com o Santa Clara, perguntas sobre o adversário são praticamente nulas e penso que o lançamento do jogo é para falar dos adversários, sobre nós, sobre o que pode suceder no jogo. A semana foi difícil, os jogadores são humanos, sentem, não são imunes ao que se vai falando e especulando. Tentamos fazer o nosso melhor para canalizar o pensamento deles para aquilo que é importante para nós e não desviar nem um milímetro do que é o nosso jogar. Os jogadores foram muito maduros durante a semana e hoje espelharam isso. O FC Porto vai sair desta jornada com o pleno de vitórias na época. Vai chegar a Alvalade com o mesmo número de pontos do Sporting. As duas equipas estão com dinâmicas muito fortes. Isto pode dar em quê? - Pode dar num jogo competitivo como foi na Supertaça, mas são jogos completamente diferentes. O que aconteceu nesse jogo não vai ter correlação praticamente nenhuma com o que vai acontecer no sábado. Estrategicamente, o Sporting pode apresentar algumas dinâmicas diferentes, nós também. Vamos fazer uma análise detalhada do jogo da Supertaça e dos três jogos seguintes, o Sporting fará exatamente o mesmo. Depois, será um embate entre duas equipas que são fortes, que têm o vício de ganhar e no final faremos as contas. Será um jogo de grau elevado, o Sporting, por jogar em casa, quererá dar uma demonstração de força. Nós não nos encolhemos perante ninguém, com respeito pelo adversário. Tentaremos fazer o nosso jogo. Será um jogo de elevado grau de dificuldade, não só para o Sporting, mas também para nós. Chegaram Deniz Gul e Samu. Quem são estes dois jogadores? - Não tem a ver com fazer falta. Perdemos um jogador que foi para Inglaterra, podemos estar a perder outro, há que colmatar as ausências. São jogadores que têm um perfil diferente do que temos aqui, que nos permite adotar dinâmicas diferentes. Vão ser jogadores que vão ter de competir com os que cá estão, que têm dado uma resposta brilhante e com quem estou brilhantemente satisfeito pelo que me têm dado diariamente.
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