Análise do jogo, e, sobretudo, de uma primeira parte em que não possa ter ficado satisfeito com o desempenho do FC Porto. Uma primeira parte desastrosa, uma entrada totalmente ao lado. Na primeira jogada, o Nacional põe-se na frente, depois faz um golo de bola parada. Primeira parte com o Nacional mais contundente, mais forte nos duelos, a ganhar a primeira bola, a segunda bola, nós com dificuldade em chegar à frente, em ligar o nosso jogo. Segunda parte diferente. Temos 3 ou 4 lances para fazer golo, para poder reentrar no jogo, não conseguimos. Fomos sempre à procura, até ao fim, tentámos, não com toda a lucidez, não com grande clareza, não com grande qualidade, mas criámos lances suficientes para reentrar no jogo e para o discuti-lo até ao fim. Não conseguimos reabrir o marcador e depois o Nacional acaba por ganhar e, por aquilo que fez na primeira parte, ganha bem. Após o primeiro golo, colocou jogadores em aquecimento, mas depois o Martim Fernandes lesiona-se. Tinha outro plano, ou o plano que ativou era o plano que estava em mente? Tínhamos sempre um plano alternativo, até percebendo que, do onze, quem tivesse de sair não podia sequer constar da ficha de jogo. Tínhamos ali uma alternativa pensada e trabalhada neste dia em que trabalhámos o jogo e o jogo pareceu estar a pedir isso. E pediu, não hesitámos, lançámos unidades a partir de fora, lançámos ao intervalo também. Estruturalmente, mudámos também na segunda parte a equipa, numa saída muitas vezes a 3, com gente aberta, para entrar por fora através de um jogo mais flanqueado. Volto a dizer, tivemos 3 ou 4 lances claros para fazer o golo na segunda parte, claros, na cara do guarda-redes, e não conseguindo fazer, depois fica difícil. Não conseguimos reentrar no jogo, o Nacional acaba por se fechar bem, estacionou atrás, saiu em transição uma ou outra vez, não criou um lance de perigo na segunda parte, os próprios lances de golo não são lances claros de golo. O primeiro sim, depois o segundo é uma bola parada, mas quiseram muito ganhar e nós na primeira parte não quisemos tanto ganhar como eles. Os jogadores tinham noção de que, se ganhassem passariam para a primeiro e de forma isolada no final desta primeira volta, houve um acusar dessa pressão e alguma falta de maturidade? Podemos especular da forma que quisermos. A verdade é que não sabemos dar a resposta que tínhamos que dar, numa equipa que não estava há tanto tempo em primeiro e podia dar um sinal forte hoje, poder ficar em primeiro, não conseguimos. Estamos a um ponto do primeiro classificado, estamos a virar a segunda volta, começar a segunda volta para a semana, há 17 jogos para jogar, dependemos apenas de nós para ser campeões. Agora temos que dar passo em frente naquilo que é a mentalidade e não chega agora estar ali a chorar e perceber o que é que podemos ter feito melhor. Temos de analisar o jogo, perceber que o Nacional foi muito forte na primeira parte, na forma como quis ganhar o jogo, na mentalidade que teve, que nós não tivemos, isso tem de ser traduzido de forma operacional no campo, em duelos, em vontade, em ganhar primeiras bolas, segundas bolas, a ser contundente a atacar a última linha adversária, não fizemos, fomos macios na primeira parte, em demasia, perante um Nacional quis muito ganhar. Como responde a esta contestação dos adeptos no final, muitos lenços brancos no final? É normal, querem muito ganhar, como nós também queremos ganhar, sentem-se frustrados por não conseguir chegar ao primeiro lugar, como nós também sentimos, eles foram fantásticos no apoio à equipa do início até ao final do jogo, depois no final que têm as manifestações têm de ter, porque são adeptos, são eles que muitas vezes empurram os clubes para ganharmos vitórias e temos de aceitar a frustração deles neste momento. Alan Varela é lesão ligeira ou inspira cuidados? Vamos ver. Pelo menos, uma semana vai ter que estar parado.
