Poucos meses depois de ter trocado o SC Braga pelo Marselha, Vitinha falou da difícil adaptação ao futebol francês. «Nunca duvidei de mim, mas sabia que ia ter algumas dificuldades porque os defesas em França são muito fortes fisicamente e não vinha preparado para um jogo tão intenso. Jogava quase sempre a titular e, chegar a Marselha e para o banco, fez-me muito bem porque ajudou-me a crescer. Foi uma decisão do mister e agradeço-lhe a forma como lidou comigo. Tenho de continuar a trabalhar para mostrar que estou preparado», disse o avançado, de 23 anos, que acaba de se estrear a marcar pelo Marselha (bisou frente ao Troyes, para a 31.ª jornada). «Foi uma semana especial, pelo meu primeiro golo pelo clube. Fiquei feliz pela forma como os meus colegas festejaram o meu golo. As coisas não estavam a correr bem para mim, mas os meus colegas sempre me motivaram e confiaram em mim. Foi bom ver que ficaram felizes por mim.» Em entrevista ao Canal +, falou ainda da escolha pelo Marselha: «Logo que soube do interesse, foi a minha primeira escolha. É um clube gigante e tem tudo o que preciso para crescer. Comparando com o campeonato português, foi um excelente passo. Ter família aqui ajudou na decisão, a maior parte das minhas férias foram passadas em França.» Foi quando questionado sobre a família que ficou em Portugal que as lágrimas caíram da cara de Vitinha: «Sim, foi difícil. Sou bastante apegado à minha família e aos meus amigos. Sei que é para eu crescer, mas sair de perto deles custou muito. É difícil, ainda hoje é, mas isto é pelo meu sucesso, pelo meu bem e da minha família. Vou fazer esse esforço para crescer como jogador e deixar todas as pessoas de que gosto orgulhosas.» E foi de novo com um sorriso que olhou para o futuro: «Quero melhorar os meus números e ajudar ao clube nestes meses até ao fim do campeonato, retribuir de alguma forma a confiança que depositaram em mim. É o sonho concretizado de um miúdo que vivia numa realidade completamente diferente e, agora, vai jogar a Liga dos Campeões. Incrível!»
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