Porquê falarem de Antero Henrique para atacar a candidatura de AVB? «Respondo com muito gosto. O Antero terá sido dos melhores profissionais que já vi na área do futebol. A carreira dele evoluiu de tal forma que agora opera superiormente relativamente ao futebol. é meu amigo, esteve nos meus 40 anos, foi um CEO, diretor desportivo, que tentei levar para todos os clubes onde estive e nunca consegui, fruto da qualidade que tem. Não está vinculado ao FC Porto e não estará no futuro. É e continuará a ser meu amigo e, se o puder usar para ter sugestões, usarei.» Sobre o diretor desportivo: «O que estamos a fazer com o diretor desportivo é analisar os perfis da direção de scouting. Estamos entre dois perfis e a opção poderá recair numa ou outra. Enquanto a direção desportiva está escolhida e será apresentada em breve, no scouting estamos entre duas pessoas. É uma área de intervenção fundamental, por conta da mudança do ecossistema do futebol atual.» O futebol atual: «Há o grupo City, o grupo Red Bull, do PSG, do John Textor... Se o FC Porto estivesse interessado num certo jogador do grupo City, é provável que o Manchester City, casa-mãe, tenha algo a dizer sobre esse jogador. Os fundos de investimento estão a comprar as carteiras de jogadores de agentes, o que pode motivar a ordenação de transferências para determinados grupos de clubes. Tudo isto obriga a nova colocação de mercado. O mercado brasileiro é muito mais competitivo agora, há os casos do Vinícius, do Endrick, do Julián Álvarez... Não há ponte em Portugal». O caso de Marcos Leonardo: «O nosso rival teve de pagar 20 M€ por um jogador que era um dos grandes talentos do campeonato brasileiro. Esse é um exemplo.» Auditorias que pretende fazer podem colocar em causa a instituição e o nome de Pinto da Costa? «É obrigação de toda e qualquer nova Direção analisar a situação atual e o porquê de determinadas perdas de valor. Na bilhética quero saber o que não posso voltar a fazer. Desconfio que sejam certas coisas, mas vou à procura de saber que foi por causa disto e daquilo que perdemos valor. Temos o estádio mais cheio, em termos de taxa de ocupação e menos dinheiro a entrar nos cofres do clube. São zonas de intervenção, tenho de saber as razões da perda e encontrar culpados e razões. O mesmo em relação à equipa B. Quero saber porque é que vieram X jogadores, quanto foi pago, porque é que determinados intermediários estiveram metidos nos negócios... Tenho de saber porquê. Serei implacável com toda e qualquer pessoa que tenha lesado o FC Porto. Não é para tocar no legado de Pinto da Costa, mas qualquer empresa normal tem de entrar nestas diligências. O FC Porto é superior a toda e qualquer pessoa, ninguém é mais importante do que o clube. Aprendi isso, jogadores e treinadores trabalharam no FC Porto e são vistos como visitantes, não obstante o que fizeram no clube. Se ninguém é mais importante do que o clube, isso aplica-se à pessoa que nos deixa todo este legado e responsabilidade.»