Ainda limitado na abordagem ao mercado, o Rio Ave apresenta-se para a nova temporada com a versão dominante de 2022/2023. O defeso ficou marcado por vazio diretivo face à saída da presidência de António Silva Campos, mas os vila-condenses conseguiram afastar a esfera do futebol dos potenciais problemas e renovaram com Luís Freire até 2025, garantindo alguma estabilidade a nível técnico em fase muito sensível. Neste processo de continuidade, o clube foi acertando também renovação com jogadores chave, preservando dessa forma a coluna vertebral da equipa para a nova época. Teoricamente, o parâmetro zero em termos de contratações penaliza o Rio Ave na relação de forças com os outros clubes inscritos na Liga, mas por outro lado existe uma linha de continuidade em Vila do Conde que permite estabelecer uma boa base de trabalho até janeiro de 2024, quando for possível abrir a janela de recrutamento. Face ao enquadramento especial, o Rio Ave encara a nova temporada na perspetiva de sobreviver à tempestade e assegurar a permanência na Liga, objetivo definido pela nova presidente do clube, Alexandrina Cruz, no dia em que venceu o ato eleitoral. A dirigente, de resto, assumiu ontem o primeiro contacto formal com o plantel rioavista e foi recebida com aplausos pelos jogadores quando subiu ao relvado acompanhada por Henrique Maia, vice para o futebol, para a cerimónia de apresentação. A nova líder do clube, eleita sábado, recolheu também a simpatia dos cerca de 100 adeptos presentes nas bancadas e com este feliz ato simbólico o Rio Ave deu por encerrado o primeiro dia de uma nova era.
