Sob pena de entrarem novamente em incumprimento com as regras do fair-play financeiro da UEFA, a SAD do FC Porto está obrigada a concretizar até à próxima sexta-feira um encaixe financeiro que represente 50 milhões de euros em mais-valias. Caso os dragões conseguissem vender Diogo Costa ao Chelsea a pronto pagamento - a ideia dos blues é, no entanto, assegurar o guarda-redes com liquidação em três tranches de valores iguais -, a situação financeira dos azuis e brancos ficaria resolvida no imediato, mas a verdade é que os clubes interessados nos jogadores com mais mercado da equipa orientada por Sérgio Conceição não se mostram dispostos a pagar os valores que constam nas respetivas cláusulas de rescisão. Ainda assim, e correndo o risco de averbar novo resultado negativo no segundo semestre do Relatório e Contas referente a 2022/2023, os responsáveis portistas não querem, de modo algum, entrar numa política de saldos, o que prejudicaria também as finanças do clube e deixaria o exigente universo azul e branco em polvorosa face a uma gestão que tem sido colocada em causa nos últimos anos. Mas, na verdade, estarão sempre sujeitos às regras do mercado atual e podem ter de mostrar algum flexibilidade nas negociações face à necessidade de entrada de dinheiro fresco. Na verdade, e depois do prejuízo de 9,981 milhões de euros declarado no primeiro semestre do atual exercício e dos 40,040 milhões de euros de lucro nos dois anteriores, os dragões não poderão ir além de 45 milhões de euros no total do ano, de forma a que o último triénio se mantenha dentro dos cinco milhões de euros aceites pela UEFA. A venda em definitivo de Diogo Leite por 7,5 milhões de euros é uma ajuda nesta contabilidade, mas para ficar a salvo da mão pesada da UEFA o FC Porto tem obrigatoriamente de vender um ativo esta semana e por números sempre na ordem dos 50 milhões. Como tem acontecido nos últimos anos, a SAD solicitou a ajuda de Jorge Mendes neste processo, pois o empresário tem uma margem de manobra bastante grande nos principais mercado europeus e agora também no Médio-Oriente. Refira-se que o FC Porto saiu do fair-play financeiro da UEFA após ter apresentado em 2020/2021 um lucro no valor de 20,765 milhões de euros. Para evitar novamente pressão sobre as contas, o emblema portista tem mesmo de vender. A obrigatoriedade de se fazer um encaixe financeiro avultado faz com que a cúpula da SAD possa ter de ser menos exigente nos preços...