Longe de impressionar nos primeiros tempos de Ruben Amorim ao leme, o Manchester United já está a preparar o mercado de inverno, que se espera voltado para contratações cirúrgicas e saídas de jogadores de Old Trafford. Segundo o The Athletic, o técnico luso não terá tanta influência nas decisões como Erik Ten Hag — a principal responsabilidade recairá sobre o diretor técnico Jason Wilcox, assim como o diretor de operações Matt Hargreaves — ainda que os alvos «tenham de adequar-se às suas direções táticas para terem sucesso». Os red devils vão aproveitar a janela de transferências de janeiro para adaptar a equipa ao sistema 3x4x3 do treinador português e isso exige, à partida, reforços para as laterais, em particular para o lado esquerdo. Reforços Apesar do regresso de Tyrell Malacia após lesão prolongada, Luke Shaw ainda não está nas condições ideais, Diogo Dalot é sobretudo opção para a direita, Amad Diallo aposta preferencial em terrenos avançados e Mazraoui como central à direita, o que obriga a novas caras no plantel. E já estão identificadas. Alphonso Davies, do Bayern, tem sido nome apontado, em especial por estar em final de contrato com os bávaros, no entanto, mesmo que chegasse como jogador livre, o elevado salário seria obstáculo, o que deixa o defesa como plano secundário. A mesma publicação recorda que há um jogador do Benfica que pode entrar nas contas, Álvaro Carreras, dado que na altura em que vendeu o espanhol o Man. United colocou uma opção de recompra de 9 milhões de euros. Ainda assim, sublinha o The Athletic, avançar para a aquisição do defesa de anos seria retrocesso, já que pagaria mais do que o valor recebido por um jogador que nunca chegou a estrear-se na equipa principal. Outro dos alvos é Jarrad Branthwaite, no entanto o Everton rejeitou duas propostas, na ordem dos 55 milhões de euros mais bónus, feitas pelo emblema de Manchester no verão, não sendo previsível que os custos inerentes à compra do jogador sejam comportados pelos responsáveis de Old Trafford. Ederson, da Atalanta, também está sinalizado para o meio-campo. Saídas No capítulo das vendas, Marcus Rashford é protagonista, em especial depois de o avançado inglês se ter mostrado preparado para novos desafios, no entanto o facto de estar entre os jogadores mais bem pagos do plantel e com três anos e meio de contrato por cumprir não facilitam a saída. O PSG, entre os destinos apontados, não estará interessado, e a Arábia Saudita surge como possibilidade, dado que o salário de 391 mil euros por semana não constituiria entrave, sendo o cenário de empréstimo aquele que ganha mais força. Entre os jogadores que veem o contrato terminar dentro de seis meses está Harry Maguire, seguido pelo Nápoles. Também nesse lote, com a possibilidade de prolongarem vínculo por mais um ano, estão Amad Diallo, Eriksen, Lindelof, Jonny Evans e Tom Heaton. Outros elementos do plantel à margem também podem sair e Antony não será opção a descartar nesta matéria, dado o interesse de outros clubes, estando o Bétis entre os mais recentes. Empréstimos Em relação às saídas por empréstimo, há lista de jovens que poderão deixar Old Trafford em janeiro para ganhar experiência. São os casos de Toby Collyer (médio), Harry Amass (lateral-esquerdo), Dan Gore (médio), Ethan Ennis e Ethan Williams (extremos). O The Athletic sublinha ainda os negócios que já estão em marcha, lembrando que o lateral-esquerdo Diego Leon, 17 anos, dos paraguaios do Cerro Porteño, está praticamente fechado. Já garantidos estão os jovens extremos de 16 anos Emmanuel Ziro e Nimfasha Berchimas. Regras e orçamento No que respeita à capacidade financeira para ir ao mercado, recorda a publicação que o Man. United não cumpriu os regulamentos da Premier League no que concerne a lucros e sustentabilidade na temporada passada, com prejuízo total antes de impostos durante três anos de 312,9 milhões de libras (cerca de 377 mil euros). As margens de manobra continuam apertadas, pelo que uma eventual venda de Rashford permitiria superar o problema.
