«Venda de Gonçalo Ramos evitou outras saídas»
A necessidade de fazer grande encaixe. Mas um único encaixe
A venda do passe de Gonçalo Ramos ao PSG por €65 milhões (mais €15 milhões em bónus) - €20 milhões pelo empréstimo atual e cláusula de compra obrigatória do restante no final da época – foi a almofada que a SAD precisou para evitar outras vendas.
«Percebendo a tristeza do adepto a perder saída de um titular tem de haver convicção de que nenhum clube em Portugal pode pagar os seus ordenados e contas sem fazer vendas de jogadores. Uma venda teria de ser feita. A venda de Gonçalo Ramos permitiu que outros se mantivessem no plantel. Impedimos a saída de Neres, Morato, Florentino, Musa, tivemos outras propostas para António Silva e João Neves que são do conhecimento publico. Apostámos na venda maior para impedir quatro ou cinco que atingissem o mesmo valor. Por outro lado, por termos vendido o Enzo [Fernández] no ano passado e não necessitarmos de vender este ano. Mas aquilo que fazemos no ano transato finaliza a 30 de junho. A venda de Gonçalo Ramos permite-nos não ter de vender mais nenhum jogador até ao final da época», explicou Rui Costa, em entrevista à BTV.
O líder das águias recordou o processo e a impossibilidade de o ponta de lança estar com a cabeça limpa para a Supertaça frente ao FC Porto.
«Não há timings para transferências. Ele recebeu a proposta com aqueles valores antes do jogo. Quando assim é, esqueçam: não vale a pena. Contar com esse jogador… é uma ideia romântica achar que um futebolista tem aqueles valores cabeça… não teria a disponibilidade total para estar mais uma semana a 10 dias com todos os receios possíveis e imaginários. A cabeça dele já não estava na Supertaça e o jogo foi preparado sem a presença dele. Ele sempre foi muito generoso, mas não estava em condições de ser o mesmo Gonçalo. Ainda bem que tudo acabou bem.»