Jesse Marsch é natural de Winsconsin, nos Estados Unidos, mas não se coibiu de criticar as declarações do novo Presidente Donald Trump, nas quais defendia que o Canadá devia tornar-se no 51.º estado americano. O atual selecionador canadiano apelou a Trump para largar a «retórica rídicula» e considerou as declarações «inquientantes e francamente insultuosas». «Como americano, tenho vergonha da arrogância e do desrespeito que mostrámos para com um dos nossos aliados historicamente mais antigos, fortes e leiais», afirmou Marsch, que na Europa treinou Salzburgo, Leipzig e Leeds. «Os torneios internacionais significam algo diferente para o Canadá agora», garantiu Marsch. O treinador de 51 anos, que voltou ao continente americano em 2024 para comandar a seleção canadiana, desfez-se em elogios ao país que o acolheu: «É um lugar que valoriza bastante a ética e o respeito, ao contrário do clima polarizado, desrespeitoso e por vezes embalado pelo ódio nos Estados Unidos.» Desde que tomou posse a 20 de janeiro, a administração de Donald Trump, que já afirmou várias vezes que o Canadá devia ser o 51.º estado americano, anunciou que vai aumentar em 25% as tarifas de produtos importados do país vizinho. Depois de tais declarações, o clima entre os dois países azedou também no desporto, com destaque para o jogo de Hóquei no Gelo entre jogadores americanos e canadianos que contou com três lutas nos primeiros dez segundos. O público canadiano tem ainda assobiado o hino americano antes de partidas a contar para a NHL e para a NBA. Recorde-se que Estados Unidos e Canadá vão organizar, em conjunto com o México, o Campeonato do Mundo de 2026.
