Tomás Araújo foi titular no primeiro jogo do Europeu de sub-21 frente à Geórgia, foi expulso (antes esteve no lance do golo do adversário) e não jogou mais com a camisola das quinas. Agora, na antevisão do jogo dos quartos de final com a Inglaterra, mostrou-se sorridente e, acima de tudo, determinado nas palavras. - Como foi gerir os erros do primeiro jogo e reagir ao que aconteceu em campo? - Primeiramente, é o futebol. Acontece, são jogos que acontecem. Apesar de, na minha opinião, ter havido falta no primeiro golo, e depois na expulsão estávamos a tentar o tudo por tudo... Os dias a seguir foram um pouco difíceis para mim, mas sempre senti o apoio de toda a equipa, por isso foi mais fácil de ultrapassar esse momento. E agora estamos nos quartos de final, por isso só dependemos dos próprios. - O que é que se tira de positivo desses erros? - Sei que não posso facilitar uma mínima coisa, porque qualquer lance pode influenciar o resultado e foi o que vimos contra a Geórgia. - O selecionador Rui Jorge diz que o grupo está unido, independentemente de quem joga. - Qualquer um de nós, que está 23, tem a capacidade para jogar. Só nos compete treinar bem e depois o ‘mister’ faz as escolhas. O importante é que nós temos de ter mais confiança e segurança com bola, porque somos uma equipa com muita qualidade, com jogadores muito bons tecnicamente. - O que é que mudou no espírito de grupo? - É muito mais fácil trabalhar assim. Ficámos mais aliviados e mais felizes, mas o grupo tem uma união muito forte. Sabíamos desde o início que teria de ser assim para conseguirmos passar o grupo. - Há jogadores da seleção nacional que têm demonstrado algumas limitações físicas. O facto de teres jogado apenas o primeiro jogo permite-te estar melhor fisicamente? - Não acho que isso seja sequer um problema agora. Estamos a defender Portugal e este é o sonho de todos desde criança. As mazelas físicas é claro que vão existir algumas de jogo para jogo, mas a nossa vontade vai ser sempre superar isso. - O que já sabem de Inglaterra? - Sabemos que é uma seleção que joga muito bem, mas nós também temos as nossas armas e vamos fazer tudo para passar. Não há favoritos nestes jogos e nós temos de mostrar o nosso trabalho dentro de campo. Dentro de campo é que se vai provar quem são os favoritos. - Viram os jogos que a seleção inglesa fez na fase de grupos? - Vimos dois jogos deles, inclusive no jantar. Já sabemos das mais valias deles, mas agora vamos focar-nos mais em nós. Claro que olhando sempre para a Inglaterra, mas vamos fazer tudo para passar o jogo. Sabemos que eles têm qualidade assim como nós também temos. Agora a eliminar não interessa o que aconteceu na fase de grupos. Agora o mínimo erro vai ter influência no resultado, por isso, a equipa que jogar melhor, criar mais oportunidades e fizer os golos, passa. - Para além do desejado título de Campeão da Europa está ainda em jogo nesta competição a qualificação para os Jogos Olímpicos Paris 2024. - Sem dúvida alguma que os Jogos Olímpicos também são um objetivo, mas sabemos que, se ganharmos o Europeu, estamos lá de certeza. O objetivo principal é, sem dúvida alguma, ganhar o Europeu. - Já olharam para as contas da qualificação dos Jogos Olímpicos? - Nós se ganharmos estamos logo qualificados, desde que Espanha, Geórgia e França também ganhem. Porque a França, como é o país organizador, não conta para as três vagas europeias. Se não ganharmos, que é uma conta que nós não temos de fazer, e a França, a Espanha e a Geórgia ganharem, temos o playoff contra a Ucrânia.