«Tivemos demérito na forma como consentimos os golos», aponta Daniel Ramos.
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«Tivemos demérito na forma como consentimos os golos», aponta Daniel Ramos.

NACIONAL06.11.202323:25

Técnico sai de Faro com um sabor amargo, depois de ter visto a sua equipa cometer erros na 1.ª parte e dominar na 2.ª. E deixa nas mãos da direção, uma eventual mudança técnica.

Demérito e reação. Foi assim que Daniel Ramos viu a prestação da sua equipa no jogo com o Farense, em que o Arouca perdeu (2-0) e não saiu do último lugar da classificação. 

«Entrámos bem no jogo. Uma primeira parte muito equilibrada, onde o desnível do resultado advém de dois penáltis. Nós tivemos demérito na forma como os consentimos, porque o jogo estava dividido, controlado, sem grandes oportunidades de golo. Não se adivinhava, não havia domínio de nenhuma equipa, num jogo muito equilibrado e as duas equipas, do ponto de vista defensivo, estavam a controlar os ataques. Saímos a perder ao intervalo e precisávamos de arriscar, e de fazer algo diferente e fizemo-lo, para bem melhor. A segunda parte foi toda ela dominada pela equipa do Arouca. Tivemos domínio, circulação, boas jogadas, oportunidades de golo, faltou a bola entrar. E quando assim é, fica difícil. Tentámos até ao final, sem desistirmos. Isso é um aspeto importante, porque, na adversidade, nós precisamos de perceber qual o nosso caminho e quem temos. Vi uma equipa a demonstrar que estava insatisfeita, que procurou marcar um golo e entrar no jogo, que teve oportunidades mais do que suficientes para isso. O que me leva a dizer, com todo o respeito pelo Farense – sem tirar mérito à vitória –, que a melhor equipa em campo, do ponto de vista da qualidade de jogo, às oportunidades, ao domínio, foi o Arouca. Só não dominou no resultado, e por isso mesmo há uma sensação muito amarga, porque fizemos por ter um resultado completamente diferente», referiu o treinador sobre o jogo.

Com seis derrotas consecutivas, o treinador afirma que se a direção entender, não será um obstáculo numa eventual mudança técnica. «É um assunto interno, entre mim e a direção. Se entendermos que não existem condições, é fácil: o treinador sai. O que quero neste momento é ter um grupo de trabalho que dê resposta, que mostre que este é caminho. E se nós formos muitas vezes aquilo que demonstrámos aqui, principalmente pela segunda parte – não na primeira, pelo facilitismo que demos –, pela forma como controlámos o jogo, dominámos o jogo, não concedemos nada ao Farense, certamente as vitórias vão aparecer», acredita.