Portugal joga esta terça-feira com a Bélgica no Europeu de sub-21 com a pressão de ganhar. Igual pressão tem a seleção belga e por isso mesmo Rui Jorge considera que será um jogo diferente dos dois anteriores desta fase de grupos, em que a Seleção perdeu (com Geórgia) e empatou (Países Baixos). «O jogo que aí vem fica no meio dos dois que já realizámos. Nós e a Bélgica somos duas boas seleções, com capacidade para criar perigo nas equipas adversárias. Vai ser um jogo muito interessante com as duas equipas a terem de vencer. Devemos ter muito cuidado com a profundidade defensiva, pela velocidade dos jogadores belgas. Em termos ofensivos temos de ter melhor qualidade com bola do que tivemos no último jogo e aproveitar muito o nosso jogo interior para criar dificuldades à equipa adversária», disse. Fábio Silva foi o jogador escolhido para fazer a antevisão do jogo com a Bélgica e afirmou que Rui Jorge é um treinador com muita sorte pelo grupo que tem à disposição. O selecionador de sub-21 sorriu ao ouvir o avançado e comentou de seguida: «Sou sim e sei que o Fábio quis referir-se à natureza do equilíbrio do nosso plantel. À facilidade que como treinador tenho de tirar um jogador e colocar outro com o mesmo tipo de rendimento. Sinto-me um afortunado por isso e pela qualidade deles também, mas agora há que mostrar isso. É evidente que temos qualidade, mas temos de chegar cá e prová-lo, e não o temos feito. Espero que consigamos fazê-lo frente à Bélgica.» O derradeiro jogo de Portugal nesta fase de grupos é frente a um país que já teve Roberto Martinez como selecionador principal. Os jogadores Zeno Debast, Charles De Ketelaere e Loïs Openda fizeram, inclusive, parte das escolhas de Martínez no Mundial. «A conversa que tivemos sobre a equipa da Bélgica foi já há algum tempo. Ele não acreditava que alguns jogadores que aqui estão da Seleção A estivessem presentes neste Europeu. Teve o cuidado de nos falar de algum poderio da seleção belga», disse Rui Jorge sobre o diálogo com Roberto Martinez. Destacou ainda o impacto que teve no grupo a visita relâmpago do selecionador no dia do jogo com os Países Baixos: «Foi importante para os jogadores, pela atitude do próprio selecionador. Como sabem ele teve um atraso enorme em termos de voo. Quando percebeu que não chegaria a tempo do jogo poderia ter ficado a meio do caminho e já não entrar no voo para aqui. Mas, ainda assim fez questão de fazer 4 ou 5 horas de viagem para cumprimentar os jogadores e estar com eles. Isso é uma prova enorme do respeito e daquilo que ele quer que os jogadores saibam.»