Com a presença de todas as sociedades desportivas de primeiro e segundo escalão que integram os campeonatos profissionais, as jornadas anuais da Liga tiveram início esta manhã em Braga. As jornadas resumem sete meses de reflexão e mais de 50 reuniões de trabalho e tendem a criar um foco consensual em várias esferas do futebol português. O encontro foi promovido por António Salvador e na cerimónia de abertura o líder arsenalista falou nos diversos desafios que o futebol profissional tem pela frente. «Com a conclusão do processo de centralização dos direitos de transmissão, a Liga assume-se definitivamente como gestora dos principais ativos do futebol profissional em Portugal. É um momento de profunda mudança do nosso ecossistema e que deve marcar, igualmente, uma nova era na Liga enquanto estrutura e enquanto organização», frisou António Salvador. O dirigente avalia de forma positiva o trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos, mas isso não me inibe de considerar que se perderam algumas oportunidades e há temas que estão pendentes. Foco, porém, a minha atenção no futuro e acredito que temos pela frente os anos mais importantes da história do futebol profissional em Portugal», sublinhou. O presidente da SAD arsenalista enumerou sete objetivos para a agenda do futebol profissional e entre as ideias de ponta está a definição da chave de distribuição dos direitos de transmissão e concluir e se possível antecipar o processo desses mesmos direitos. A finalizar o discurso, Salvador revelou «confiança» no presidente da Liga e nos vários departamentos do organismo «para assumirem e concretizarem» esta agenda. «Ao longo deste percurso terão sempre por parte do SC Braga, como acredito que acontecerá com todas as outras sociedades desportivas, parceiros dedicados e empenhados em trabalhar em prol de um bem comum.» «O novo ciclo 23-27 vai trazer grandes desafios» As jornadas anuais da Liga avançaram pela primeira vez em 2015 e Pedro Proença não esconde a importância que o certame foi ganhando ao longo dos anos. «Foi aqui que nasceu a centralização dos direitos audiovisuais, o novo manual do licenciamento económico dos clubes, a adaptação das cidades desportivas ao novo regime jurídico, a nova discussão de todo o quadro reivindicativo da redução dos custos de enquadramento da nossa atividade», resumiu o presidente da Liga. Numa visão para o futuro, Pedro Proença avançou que estão em discussão pontos importantes para o futebol português e que o «novo ciclo 23-27 vai trazer grandes desafios». «Iniciámos os nossos trabalhos a 20 de setembro, com mais de 50 reuniões, e pela primeira vez com a participação de todas as sociedades desportivas. Vão resultar, depois de sete meses de reflexão, 12 propostas de alterações regulamentares e mais de 17 projetos que no próximo ano iremos implementar na Liga Portugal», avançou o líder do organismo.
