A BOLA falou com Marafona, antigo guarda-redes do SC Braga e vencedor da Taça de Portugal em 2016. - Tantos anos depois, ainda recorda a forma como viveu a conquista da Taça de Portugal, frente ao FC Porto, em 2016?- Claro que sim! São momentos inesquecíveis. Foi um dia especial para mim e para todos os adeptos bracarenses. Estar presente na final já é um motivo para festejar, conquistar o troféu é o êxtase.- Ainda por cima com o Marafona na baliza, a ter de disputar o desempate por penáltis e a tornar-se decisivo nesse final de jogo...- Sim, tive a felicidade de atuar nesse jogo. Até então, o Matheus tinha sido titular em todas as eliminatórias da Taça de Portugal. Eu era então o titular no campeonato e fui escalado para esse jogo. Obviamente, fiquei feliz por poder alinhar de início e merecer a confiança do treinador [Paulo Fonseca].- Lembra-se dos penáltis por si defendidos e da reação dos adversários que os não converteram?- Claro que lembro. O primeiro foi o Miguel Layún e não consegui evitá-lo; depois foi o Herrera e eu parei; o Rúben Neves marcou o terceiro, não tive hipótese; o quarto foi o Maxi Pereira e voltei a defender. Como já tínhamos convertido quatro penáltis, essa defesa foi o último momento do jogo. E vieram os festejos.- Outros festejos se seguiriam, já na cidade, com os adeptos e os próprios companheiros...- Sem dúvida. É preciso lembrar que o SC Braga não conquistava a Taça há 50 anos!- E na atualidade, acha que a equipa pode repetir essa façanha diante do mesmo opositor?- O SC Braga tem hoje um plantel com mais opções. A equipa está forte, conforme se viu ao longo de todo o campeonato. Acho que pode perfeitamente repetir a conquista. A Taça pode voltar para Braga. Não surpreenderia ninguém.
