Jeremiah St. Juste admitiu que, face à pouca utilização na primeira metade da época, devido aos problemas físicos que teve, pensou deixar o Sporting em janeiro para rumar a um clube dos Países Baixos. «Como joguei pouco no início da temporada, cheguei a pensar num empréstimo a um clube neerlandês em janeiro. Dois grandes clubes da Eredivisie perguntaram por mim. Pensei nisso, porque achei que ali tinha mais chances de ser convocado para a seleção. Mas estou muito feliz por ter ficado e a verdade é que depois da eliminatória com o Arsenal surgiu o interesse de clubes de topo da Premier League», referiu, em declarações ao Voetbal Zone. «O Sporting está agora em quarto lugar no campeonato, uma posição em que não deveríamos estar. O Sporting devia estar na luta pelo título. Jogamos bom futebol. A nossa equipa tem qualidade. Isso também foi visível contra o Arsenal, líder da Premier League. Já tivemos muitos jogos em que a bola não entrou. Isso não pode acontecer», prosseguiu. O defesa-central piscou ainda o olho ao regresso à seleção dos Países Baixos: «No verão houve muito interesse do Sporting. Um belo país, um grande projeto do clube e a possibilidade de jogar a Liga dos Campeões fizeram-me deixar o Mainz. A verdade é que se me afirmar nas competições europeias posso voltar a ser chamado à seleção. Acho que pela minha versatilidade e velocidade posso acrescentar algo.» St.Juste destacou-se na partida com o Arsenal por um sprint efetuado. «Tenho de dar os créditos à minha mãe, que foi atleta. No Heerenveen avaliaram as minhas capacidades, em termos velocidade, técnica, leitura de jogo e mentalidade e a verdade é que chegaram à conclusão que não era rápido. De facto, durante esse período, sofri com algumas dores de crescimento, mas é engraçado lembrar-me disso agora. No Feyenoord acabei por trabalhar precisamente a questão da velocidade. Foi aí que conquistei os meus primeiros títulos e onde fiquei com fome de ganhar mais», afirmou, recordando ainda os tempos em que partilhou balneário com Van Persie no Feyenoord: «Fazia questão de partilhar connosco as experiências que tinha tido, com Arsène Wenger e Alex Ferguson. Um jovem como eu era na altura gostava de ouvir esse tipo de histórias. Lembro-me, também, que ele chutava as bolas com força para os pés dos defesas e que me dava conselhos, dizia: 'Jer, precisas de ter os pés bem colocados para receber a bola em condições'. Nunca vou esquecer esse conselho», concluiu.
