O percurso de St. Juste no Sporting tem sido uma montanha-russa, cheia de altos e baixos devido às inúmeras lesões que tem tido. Contas feitas, desde que chegou a Alvalade, em 2022/2023 — oriundo do Mainz, com os leões a desembolsarem €10 milhões —, o central neerlandês já teve nove paragens, a mais curta de 16 dias e a mais longa de 101, num total de 350 dias afastado do relvado. Ruben Amorim, que sempre defendeu o central com unhas e dentes, elogiando as suas caraterísticas e a mais-valia que era para o plantel, quando questionado sobre a condição física do jogador, teve de fazer uma gestão com pinças. Olhando para os números de St. Juste, salta à vista o facto de o defesa ter dificuldades em cumprir 90 minutos continuamente. Na primeira época de leão ao peito, foi titular 14 vezes, sete das quais foi substituído, e apenas fez dois jogos completos consecutivos na 18.ª e 19.ª jornada. A época seguinte foi mais complicada a nível de tempo de paragem, o que levou a que o camisola 3 tivesse menos oportunidades: fez uma dezena de jogos a titular e nenhuma vez repetiu 90 minutos. Na presente temporada, depois de um início intermitente, devido a lesão, St. Juste, devidamente autorizado, foi cumprir plano de recuperação nos Países Baixos, depois fez fortalecimento muscular na Academia e a rampa de (re)lançamento aconteceu em outubro, diante do Sturm Graz, em jogo da Liga dos Campeões, tendo jogado os últimos 20 minutos, às semelhança do que aconteceu no jogo seguinte, com Famalicão (Liga) e Nacional (Taça da Liga). Depois cumpriu 45' com o E. Amadora (10.ª jornada), voltou a ser lançado apenas aos 74 minutos no encontro seguinte (Man. City) e na 11.ª ronda do campeonato, com o SC Braga, fez mais 45 minutos e a primeira titularidade da época surgiu no jogo de estreia de João Pereira no comando técnico, ante o Amarante, para a Taça de Portugal, ficando no balneário ao intervalo. O primeiro jogo completo que fez foi na receção ao Arsenal (Champions), mas, no jogo seguinte, com o Santa Clara, apenas cumpriu os últimos 29 minutos. Seguiu-se nova titularidade, com o Moreirense, mas saiu aos 65', e com Club Brugge (Liga dos Campeões) e Santa Clara (Taça da Liga), foi lançado nos primeiros minutos das etapas complementares, gerando sempre grande preocupação aos colegas de cada vez que ia ao chão. TALISMÃ NA NOVA ERA DO LEÃO Certo é que com a chegada da nova equipa técnica, liderada por Rui Borges, St. Juste tem sido titular indiscutível e alcançou série que nunca tinha vivido de leão ao peito: 90 minutos em quatro jogos consecutivos, mais concretamente nos encontros com Benfica e V. Guimarães para a Liga, de novo Benfica e FC Porto na final four da Taça da Liga Allianz Cup. St. Juste está a atravessar o melhor momento desde a chegada ao Sporting, granjeia carinho dos adeptos, apesar de alguma desconfiança face ao que tem sido a irregularidade no que à sua disponibilidade diz respeito. CONTRATO TERMINA EM 2026 Quando à ligação aos leões, diga-se que o contrato termina em 2026, com cláusula de rescisão de €45 milhões, e em janeiro do ano passado o nome do neerlandês esteve associado ao PSV, que tentou empréstimo junto do Sporting, mas os leões recusaram esta possibilidade, pois sempre foi visto como importante para Amorim.
