O discurso, apesar da insistência, não se altera. Rúben Amorim não quer perder nenhuma das suas peças principais nesta janela de mercado. O plantel é curto e todos contam. E as constantes notícias de assédio de alguns gigantes europeus nos ativos mais cobiçados, para o técnico, só existe uma ‘ameaça’: as cláusulas de rescisão. Só por esses valores contratuais é que o Sporting, neste momento, está disponível para perder algumas das suas principais joias. Tudo isto é verdade, porém, o passado recente, sobretudo se recuarmos às últimas quatro temporadas, nem esses valores, por norma muito elevados, podem tranquilizar o técnico leonino. Até porque não faltam exemplos de referências da equipa que saíram a meio da temporada. Jogadores indiscutíveis que, mesmo estando blindados, não resistiram aos milhões dos principais mercados. De Porro a Bruno Fernandes Não é preciso recuar muito tempo para encontrar exemplos de peças importantes que deixaram os leões nesta janela intermédia do mercado. Basta lembrar Pedro Porro, ala direito espanhol, um dos jogadores mais valorizados no reinado de Amorim em Alvalade, que deixou os leões no último dia de janeiro do último ano. Uma transferência para o Tottenham, por €40 milhões de euros, que obrigou o Sporting a uma contratação de última hora (no caso, Bellerín). Mas também Tiago Tomás, peça importante na conquista do título 2020/2021, acabou por deixar o leão a meio da época. O avançado, depois de perder algum espaço, acabou cedido ao Estugarda para nunca mais voltar. Acabou por ser transferido a título definitivo, no início desta temporada, para o Wolfburgo a troco de €9 milhões. O ano mais ‘tranquilo’ foi a 2020/2021, ano do título, em que a aposta forte foi mesmo a entrada de Paulinho, um dos investimentos mais avultados (€16 M) numa operação que envolveu a saída de Borja para os minhotos no valor de €4 milhões. Bem diferente de 2019/2020. Já sem Amorim, mas com o Sporting a encaixar nada mais que €55 milhões (com objetivos leões já receberam €65M) com a saída de Bruno Fernandes para o Man. United. Um verdadeiro jackpot que, contas feitas, nestes quatro anos, rendeu impressionantes €108 M. Três alvos bem identificados Quando estamo a 15 dias do fecho do mercado, três alvos leoninos estão bem identificados e são aqueles que geram maior apreensão em Alvalade: Diomande (cláusula de €80M), Gonçalo Inácio (€60) e Viktor Gyokeres (€100M). Sobretudo do mercado inglês, de onde surgem focos de interesse (quase diários...) nestas três peças que, até ao momento, têm sido decisivas na caminhada do leão esta época. Mas serão até final?
