Nuno Travassos, editor-executivo de A BOLA, analisa o regresso do defesa brasileiro à titularidade no Sporting, frente ao Arouca
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Sporting: depois de Morita, mais um leão no fim da linha

NACIONAL14.03.202507:40

Processo de renovação de Matheus Reis não avançou e leões, sabe A BOLA, já procuram alternativas para a lateral esquerda no mercado. Após Morita, defesa brasileiro pode ser o segundo jogador em fim de ciclo que deve deixar Alvalade no final da temporada

Depois de Morita há mais um jogador que poderá estar em fim de ciclo no Sporting: Matheus Reis. O lateral-esquerdo de 30 anos, que se prepara para entrar no último ano de contrato com os verde e brancos, ainda não chegou a acordo com os leões para a prorrogação do vínculo e tem a saída em vista no final da presente temporada.

De resto, o processo, tal como A BOLA avançou em maio, há muito que se encontra em cima da mesa. O Sporting já manifestou interesse na continuidade do brasileiro — as primeiras abordagens surgiram no final da época transata — porém, este dossier foi-se arrastando ao longo dos últimos meses e sem fumo branco à vista. Um impasse que obrigou a SAD a avançar para outras soluções no mercado para o futuro.

Matheus Reis tem proposta para renovar com o Sporting

29 maio 2024, 08:12

Matheus Reis tem proposta para renovar com o Sporting

Brasileiro deve passar a ficar ligado aos leões até 2028 e processo é para ficar fechado em breve; polivalência torna-o um dos intocáveis de Amorim para a próxima época; tem mercado no Brasil

O Sporting, que tem como prioridade a conquista do bicampeonato, há muito que vem trabalhando nos bastidores para planificar a próxima temporada e face a este impasse com Matheus Reis já se colocou em campo para encontrar uma alternativa ao brasileiro, um dos mais experientes do plantel. Alguns nomes, aliás, estão já referenciados e bem identificados pela estrutura leonina.

Matheus Reis, de 30 anos, soma 190 jogos com a camisola dos leões (SPORTING CP)

Plantel preparado para mudança de sistema

A cumprir a quinta época em Alvalade, Matheus Reis foi sempre um jogador de enorme utilidade. Seja como ala-esquerdo ou central, duas posições nas quais se notabilizou na era Ruben Amorim. A chegada de Rui Borges originou, numa fase inicial, uma mudança de sistema tático e será, de resto, essa a base em que o treinador se prepara para trabalhar no futuro, ou seja, com uma linha defensiva de quatro jogadores.

Brasileiro está há quatro épocas e meia em Alvalade e é um dos capitães de equipa (MIGUEL NUNES)

A consolidação das novas ideias de Rui Borges obrigará, porém, a uma renovação de plantel, sobretudo nas laterais. E o corredor esquerdo, refira-se, tem sido um dos problemas esta época, uma vez que sem Nuno Santos (lesionado com gravidade) e com o próprio Matheus Reis a ser mais solução como central, tem sido a adaptação de Maxi Araújo a resolver. Porém, no arranque de 2025/2026, Rui Borges pretende contar com um lateral-esquerdo de características diferentes.

Depois de chegar livre a Alvalade em 2020/2021, proveniente do Rio Ave, o final da época poderá ser a última oportunidade para os leões terem algum retorno financeiro com a saída do brasileiro.

Gonçalo Inácio vai cumprir castigo com o Famalicão e Matheus Reis deve ocupar a vaga no trio defensivo (SPORTING CP)

Vai ocupar vaga de Inácio com o Famalicão

E se o futuro de Matheus Reis poderá não passar por Alvalade, o brasileiro terá papel determinante no presente... imediato. Rui Borges não prescinde do brasileiro, que, tal como aconteceu no último jogo com o Casa Pia, deverá voltar a ser aposta inicial do treinador na receção ao Famalicão, amanhã.

Ainda assim, diante dos minhotos, ao contrário do que sucedeu frente aos gansos, Matheus Reis deverá ter de recuar no terreno e ocupar o lugar mais à esquerda do trio defensivo. Uma mudança forçada, uma vez que Rui Borges não poderá contar com Gonçalo Inácio, que vai cumprir um jogo de castigo, por acumulação de amarelos. Matheus Reis, que foi ala-esquerdo nesse último jogo em Rio Maior, volta assim a um lugar ao qual está bem identificado, sobretudo pelas rotinas criadas no 3x4x3 consolidado por Ruben Amorim, como central pela esquerda. Estratégia que, face às muitas ausências no plantel nos últimos jogos, foi adotada, também, por Rui Borges e que será para manter quando se aproximam as grandes decisões.