O cenário de lesões no plantel do Sporting não é animador para o jogo deste sábado com o Rio Ave, em Vila do Conde, mas o treinador tem algumas soluções às quais poderá deitar mão em caso de necessidade. A maior dúvida é, como é óbvio, sobre a aptidão de Viktor Gyokeres para a partida no estádio dos Arcos mas, em caso de indisponibilidade da estrela maior dos leões, o treinador deverá optar por Conrad Harder, que os leões contrataram aos dinamarqueses do Nordsjaelland por €19M mesmo na reta final do mercado de verão. Por essa altura, a opção primordial do então treinador Ruben Amorim e da administração da SAD era o grego Ioannidis, mas o dono do Panathinaikos, Giannis Alafouzos, foi intransigente nos números e na intenção de não vender o passe do jogador-bandeira da equipa agora orientada por Rui Vitória e o avançado acabou por ficar em Atenas, isto numa altura em que Paulinho, já tinha partido para os mexicanos do Toluca a troco de €7,75M e, desta forma, deixado órfão o ataque, ele que na época passada assinou por baixo 21 golos em 47 jogos, sendo o segundo melhor marcador da equipa, apenas suplantado por Gyokeres. Assim, neste momento, sobram Conrad Harder e Rafael Nel, 19 anos, que é da equipa B mas fez a pré-época com os principais, até se lesionar. O dinamarquês apresenta no currículo sete golos em 23 jogos pelos leões, bem distantes dos 32 em 30 partidas de Gyokeres. Quanto a Nel, em quatro encontros na Liga 3 marcou em um. Fresneda por Quaresma O cenário na defesa não é muito animador após a lesão de Matheus Reis no jogo com o FC Porto da meia-final da Taça da Liga (1-0) mas a opção na esquerda do setor mais recuado recairá, como aconteceu diante do Benfica na final mesma competição no uruguaio Maxi Araújo. Do lado contrário, sem o lesionado Quaresma, Rui Borges, ao que tudo indica, voltará a optar por Iván Fresneda, tal como aconteceu no encontro com o FC Porto da Taça da Liga, quando o internacional sub-21 português também estava indisponível. O camisola 72 recuperou para a final diante do Benfica e ganhou a titularidade mas esta semana ressentiu-se de lesão muscular, pelo que Rui Borges deverá optar pela solução espanhola, malgrado este possa estar de saída. A alternativa poderia passar por Ricardo Esgaio, 31 anos, mas é pouco crível que tal aconteça, tendo em conta as últimas opções do técnico. Bragança alarga leque Como nem tudo são más notícias, Daniel Bragança está de regresso depois de 42 dias de ausência por força duma lesão no gémeo de perna esquerda sofrida a 5 de dezembro, em Moreira de Cónegos (1-2). Um alívio para Rui Borges, que para o meio-campo não pode contar com Morita, que se lesionou na meia-final da Taça da Liga diante do FC Porto. Outra alternativa seria Pedro Gonçalves, como aconteceu em diversas ocasiões no reinado de Ruben Amorim, mas o número 8 lesionou-se em Braga (4-2) no derradeiro encontro do agora treinador do Manchester United ao leme do leão e só deverá regressar aos relvados no início de fevereiro. João Simões, 18 anos acabadinhos de fazer, deverá continuar a ser a opção primordial porque Daniel Bragança, fruto da paragem, apresentar-se-á com os níveis competitivos em baixo, mas é mais uma alternativa. E ainda há que somar o fator de Morten Hjulmand apresentar já algum desgaste físico, isto se levarmos em conta que nos últimos dez encontros dos leões esteve em todos de princípio a fim e de num deles, diante do Santa Clara, para a Taça de Portugal (2-1), não ter contabilizado 90 minutos mas sim 120, pois os leões precisaram de prolongamento para decidir a eliminatória. Do lote dos lesionados, além dos já referidos, faz ainda parte Nuno Santos, que rompeu o tendão rotuliano do joelho direito em Famalicão (3-0), à passagem da nona jornada, a 26 de outubro, foi operado e, na melhor das hipóteses, regressa aos relvados na reta final da temporada.
