Bruno Fernandes tem sido das principais vítimas dos comentadores de futebol em Inglaterra, sobretudo dos mais afetos ao Manchester United que têm criticado sobretudo o que qualificam de «vitimização» do português, pelos «excessos nos protestos», «braços sempre no ar», «sempre impaciente», críticas que se amplificaram após a pesada derrota de março com o Liverpool, por 0-7. O médio tem passado quase sempre ao lado destes comentários, mas decidiu dar um murro na mesa, respondendo sobretudo aos dois que mais o têm visado, as antigas estrelas dos red devils, Gary Neville e Roy Keane, classificando a exibição como «uma desgraça». «Sei que me excedo às vezes. Sou muito competitivo, quero sempre ganhar e, num jogo, pode ser difícil controlar emoções. Mas nunca quis faltar ao respeito a ninguém. É paixão, é o modo como sinto o jogo e como desejo sempre ajudar a equipa», começou por dizer Bruno Fernandes à Sky Sports. «Sou assim desde os 7 anos, odeio perder! Sou muito competitivo, quero dar sempre o máximo e exijo o mesmo dos outros. Se aponto algo a alguém em campo é por acreditar no seu melhor. São incentivos que, na TV, podem parecer outras coisas. E com 75 mil nas bancadas, com tanto ruído, só com gestos conseguimos comunicar», explica o português, antes de, enfim, visar os críticos. «Neville? Keane? São comentadores. E para não perderem o emprego têm de dizer alguma coisa, às vezes têm de falar mal porque sim, porque dá audiência, têm de chamar a atenção. E nós temos de viver com isso», desabafa Bruno, sublinhando: «Com o que não vivo é com mentira. E após o Liverpool disseram muitas. Alegaram que disse coisas que não disse.»
