Rúben Amorim, técnico do Sporting, fez em conferência de imprensa a antevisão do jogo de domingo (20.30 horas) com o Paços de Ferreira, na Mata Real, referente à 31.ª jornada da Liga. Sporting na final da Liga dos Campeões da equipa de futsal: «Começa a ser normal. A modalidade ganhou muita força em Portugal, o Sporting tem sido referência da modalidade e estamos todos a torcer por mais uma Liga dos Campeões para o clube. Esperamos mais uma vitória, que tem sido hábito, estamos todos com eles e esperamos que tragam mais uma taça para o clube». Dificuldades para jogo contra o Paços de Ferreira: «Acima de tudo, sabemos que o Paços está a lutar pela vida e o ser humano, sempre que o faz, transcende-se. Nós temos de fazer o mesmo, nos últimos dois jogos ganhámos, mas sofremos um golo que não devíamos ter sofrido e há muita coisa a melhorar nesse sentido. É pena só haver quatro jogos [até ao fim da época], não só pela classificação, mas também porque há muita coisa a melhorar ainda. Queremos ganhar sem sofrer golos de uma equipa que arrisca muito na construção, porque o César Peixoto está habituado a jogar em clubes grandes e está a transmitir isso à equipa» «Temos de ser fortes e corajosos para roubar bolas logo no início da construção. Ter cuidado com jogadores como o Thomas no um-para-um ou o Gaitán, que continua com qualidade e com o meio-campo a três, sendo que nós só jogamos com dois no meio-campo. Fizemos a avaliação como se se tratasse do Arsenal ou Juventus. Olhando para o último jogo, temos aspetos a melhorar desde a semana passada e temos a obrigação de vencer». Se tem reuniões marcadas com Tottenham ou Chelsea e se sente cobiçado: «Cobiçado é subjetivo. Tem-se falado muito nos jornais, já pareço os meus amigos Beto e Luisão: todos os anos vou sair para aqui e para ali [risos]. Eu estou muito feliz aqui e não tenho ilusões em relação a isso. Não posso estar todas as semanas a falar disto porque sou acusado, com razão, de causar alguma instabilidade. Não comento isso, sou treinador do Sporting e sou muito feliz. Falhei aqui ou ali nesta época e o meu foco é melhorar, a par da equipa, esse é o meu foco» «Não tenho reuniões marcadas com ninguém, só tenho com o Sporting para a preparação da próxima época. Nem da minha parte nem do Raúl Costa, meu agente, houve alguém a dizer que tenho reuniões marcadas». Jogo contra Benfica pode deixar imagem diferente deste Sporting: «A imagem que fica do Sporting é a pouca consistência. Nunca será uma equipa que jogou mau futebol, que marcou poucos golos, mas será uma equipa que falhou muito no início e que nos momentos-chave da época não conseguiu dar a volta a situação. Eu não gosto de dar ênfase a estes jogos porque o facto de jogarmos contra o Benfica e ganharmos não vai mudar a forma como olhamos para a época. Simplesmente, se o Sporting não ganhou títulos, não fomos bons o suficiente. Ganhando ou não ao Benfica, isso não vai mudar a forma de olhar para o clube porque somos um clube de títulos e não de vitórias, mesmo que seja contra os rivais da cidade. Nem estou a pensar no jogo do Benfica e sim do Paços de Ferreira» Discussão entre João Pedro Sousa e Sérgio Conceição: «Eu também tive um bate-boca com o adjunto do Arouca há pouco tempo. Faz parte, não é uma imagem bonita, mas às vezes à difícil segurarmo-nos no meio daquele stress. De certeza que ambos os treinadores chegam ao balneário, assentam as ideias e dizem ‘Não o devíamos ter feito’. É parte da emoção e temos de relativizar as coisas, não as deixando de lado» Jogo contra Benfica pode ser uma recompensa para os adeptos: «Os adeptos não têm de esperar nenhum bombom, temos obrigação de vencer todos os jogos até ao fim. Mesmo ganhando a Liga Europa, isso não ia mudar o meu olhar para esta época, logo o jogo do Benfica também não muda nada. Não gosto dessa ligação, é mais um jogo, se ganharmos, não será mais do que isso». Apostas na formação: «Nós estamos a provar que lançamos muitos jogadores quando têm de ser lançados. A verdade é que já fomos uma vez campeões e não me quero estar a alongar sobre a próxima época. O nosso projeto passa por lançar jogadores na formação, alcançar objetivos e ganhar títulos nos campeonatos». Abertura para regresso de Tiago Tomás: «Está tudo em aberto para a próxima época. Mais do que gostar do jogador, gosto da pessoa que é o Tiago Tomás. Faremos a nossa escolha e depois explicamos a toda a gente». Renovação e aumento de Nuno Santos: «Isso cabe à direção e ao Hugo Viana. Em relação aos aumentos, tem de se ver a base de onde partiu. Se foi a mesma que o Pedro Gonçalves, ter noção da base do Inácio, como começou e como foi aumentando... O Matheus Nunes saiu e teve propostas de 30 ou 40 milhões e estava bem abaixo dessas bases. Podem estar descansados que não estamos a ser injustos com o Nuno Santos e vamos atualizando o teto salarial dos jogadores consoante a base com que começaram. O Pote foi o melhor marcador e tinha uma base bem mais baixa do que o Nuno Santos. Ele merece mais e vamos no futuro rever essa situação, mas isso é com o Viana que eu já tenho trabalho que chegue». «Acredito que o equilíbrio do grupo tem de existir em todos os aspetos. Eu sofri muito disto no Benfica e sei o que custa aos jogadores, quero que todos eles se sintam importantes e isso é muito importante no Sporting».
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