Quarenta e quatro por cento dos sócios do Atlético de Madrid manifestaram-se a favor do regresso ao emblema antigo, substituído em 2017, quando o medronheiro, a árvore da cidade, praticamente desapareceu e o urso, o animal de Madrid, cresceu e virou-se para a direita. Na altura, a mudança coincidiu com a saída do Estádio Vicente Calderón e a passagem para o Metropolitano, mas foi mal recebida pelos adeptos. E agora, por insistência do novo Conselho Social dos colchoneros, onde estão representados vários grupos de adeptos, o clube aceitou consultar os sócios sobre o emblema. Durante o último fim de semana, quem fosse a favor do regresso ao escudo antigo deveria manifestar-se formalmente, ao passo que a não participação significaria preferir que tudo se mantivesse igual, ou que não seria relevante tratar desse assunto neste momento. Apesar de contar com a inércia de alguns sócios, ainda assim o clube viu 44 por cento (61021 sócios, num universo de 138477) participar na consulta, não vinculativa, para exigir o regresso do símbolo antigo. Perante os números esmagadores, Miguel Ángel Gil, conselheiro delegado do Atlético, aceitou pôr em marcha uma votação, esta vinculativa, para que todos os sócios se pronunciem sobre o emblema que preferem. «Caso a vossa decisão seja de voltar ao escudo anterior, comprometo-me a que a mudança seja feita o mais cedo possível, respeitando obviamente as limitações dos nossos contratos, tanto de patrocínio como de licenças», acrescentou em comunicado no site do clube. A administração colchonera tinha defendido, na semana passada, a alteração do emblema, por ter suprimido «as cores que não eram representativas do Atlético de Madrid»: o amarelo, verde e castanho que estavam no medronheiro e o preto do urso. Mas não faltaram figuras do Atlético, incluindo jogadores atuais e o treinador Diego Simeone (o que terá irritado os dirigentes), a manifestarem-se nos últimos dias a favor do símbolo que vigorou entre 1947 e 2017, apenas com ligeiras alterações no formato do escudo.
