Sérgio Conceição exige mais dos jogadores do FC Porto. Apesar dos elogios feitos à equipa após as derrotas com o Benfica e o Barcelona, o técnico portista assegura que isso não é sinónimo de conformismo com a derrota. «Não estamos habituados a perder duas vezes seguidas, aconteceu uma ou duas vezes em sete anos. É claro que fizemos coisas positivas nesses dois jogos, a equipa está a evoluir, mas temos de perceber que há coisas que não estão bem, e eu tenho de fazer essa análise», começou por dizer. Conceição falou depois de uma análise feita pelo jornal A BOLA que revelou a baixa percentagem de tempo que os portistas estiveram a vencer, em jogos da Liga.«Estivemos apenas 24 por cento do tempo em vantagem no campeonato, isso não é normal no FC Porto. Mesmo com as derrotas na Champions e com o Benfica, é notória uma falta de responsabilidade pelo que é representar o FC Porto. Essa mentalidade é muito importante», salienta. O treinador aponta já o jogo do Portimonense como o ponto de partida para dar a volta à situação até porque, reconhece, a responsabilidade é distinta. «O empenho e a dedicação que se têm num jogo em que, digamos que há 50 por cento de responsabilidade de ganhar, é diferente de quando há 100 por cento de responsabilidade de ganhar, como é o jogo com o Portimonense». Já sobre a defesa que fez dos jogadores após as duas derrotas consecutivas, Sérgio Conceição sublinhou as coisas positivas que viu nos jogos com o Benfica e o Barcelona. «Vi uma equipa com carácter e responsabilidade. Jogadores que jogaram um clássico pela primeira vez e que não se esconderam. Vi uma equipa extremamente bem organizada a fazer o que eu queria defensivamente e, mesmo com menos um, a chegar de forma inteligente à frente, metendo em campo o que trabalhámos. Ninguém fica contente porque perdemos, mas foi bom ver essa mentalidade que depois também foi visível com o Barcelona. Mas o mais importante é perceber como vamos atacar o Portimonense, num jogo que vai ser muito diferente.» Além disso, Conceição diz que todos no plantel sabem o que têm de fazer para ter sempre o apoio do treinador. «Se os jogadores derem o máximo contra o Vilar de Perdizes e o máximo contra o Barcelona, estarei aqui para os defender. Caso contrário não os posso defender», finalizou.
