Foi com um misto de sentimentos que Sérgio Vieira se apresentou na conferência de imprensa que se seguiu ao empate do Estrela da Amadora frente ao Vizela (1-1): o resultado não foi o que o técnico idealizava, mas por outro lado este mostrou-se aliviado por poder contar com mais alguns reforços, oriundos do departamento médico através de cinco recuperados da longa lista de lesionados que o emblema amadorense tem registado nas últimas semanas. «Fico feliz pelos regressos do Pedro Mendes, do Gustavo Henrique, do Omurwa e do Mansur (ndr: também o guarda-redes Brígido regressou ao fim de três meses de paragem), mas infelizmente ainda temos de fora jogadores importantes no nosso processo, que contribuem para que o grupo esteja mais completo na preparação e na realização dos jogos. Fico feliz por eles, mas com um sentimento de saber a pouco, porque o objetivo era os três pontos», salientou o treinador. Relativamente ao empate alcançado, Sérgio Vieira considerou ter sido um desfecho que se deve a falta de consistência. «Durante o período inicial estivemos bem, mas temos de ser consistentes o jogo todo. Em termos coletivos, fica um sentimento de frustração da ambição de ganhar todos os jogos», rematou o técnico estrelista, que em seguida particularizou o regresso à competição de Pedro Mendes, que há nove meses não competia de forma oficial e se estreou ao serviço dos tricolores. «O Pedro Mendes está a passar um processo de ganhar confiança novamente e de se conhecer na idade e maturidade que tem. Passou um período grande de tempo sem o estímulo competitivo ao mais alto nível. Estava planeado entre nós que iria fazer, no mínimo, 45 minutos. Depois, já estava a sentir os gémeos muito duros, pareciam pedra, dizia-nos ele, e terminou com sacrifício. Estamos aqui para o ajudar a fazer essa gestão e elevar cada vez mais o nível dele», explicou. Outro elemento que mereceu a atenção de Sérgio Vieira foi Ronaldo Tavares, que mereceu uma palavra de alento depois de este ter desperdiçado algumas situações de golo na segunda parte, que poderiam ter permitido a vitória ao Estrela. «Ele sabe o compromisso que temos, de elevação da performance, para ser um avançado de elevadíssimo nível», comentou o treinador, que destaca a evolução que o atacante tem conhecido no último ano, desde que a equipa militava na Liga 2. «O Ronaldo tem esse potencial físico e humano, quer muito, mas precisa de passar por esse processo e continuar a crescer para depois ser mais eficaz não só nas oportunidades, mas também no ganhar dos duelos, no segurar a bola ou no posicionamento tático», caracterizou Sérgio Vieira, que garantiu que o contributo do camisola 9 continuará a ser importante para a equipa, mesmo com a chegada de mais um homem para a frente de ataque. A chegada de Rodrigo Pinho foi vista pelo líder estrelista como benéfica para todos, incluindo os seus concorrentes por um lugar na frente de ataque. «Esta segunda metade da temporada vai ser importante, sobretudo com a competitividade do Rodrigo Pinho na frente de ataque. É uma boa oportunidade para que eles elevem os seus níveis», preconizou o técnico dos tricolores, que pretende que a equipa continue a crescer em competição.
