— Que análise faz a este jogo?— Não foi a 1ª parte que gostaríamos de fazer, quando olho para a 1.ª parte e olho para o jogo todo, sinto que tínhamos a obrigação de fazermos mais golos, criámos várias oportunidades, mas temos de as concretizar. Tivemos até muitas oportunidades semelhantes às do SC Braga, primeiro com o Pavlidis, depois há a do Fran Navarro que dá golo, sofremos depois o segundo de canto e temos também uma grande oportunidade num pontapé de canto e não fizemos golo, ao contrário do SC Braga. Fizemos uma 2ª parte completamente diferente, dominante, crescemos com as alterações, voltámos a criar várias oportunidades, mas os golos não apareceram e conquistam-se pontos é com golos. Temos também de olhar para a forma como sofremos estes golos, temos de ver, analisar bem, porque são coisas que não podemos voltar a repetir. — Já disse que a 1.ª parte não foi boa, sente que o Benfica tem um problema na interpretação do plano para o jogo?— Nos meus primeiros jogos não sofríamos primeiro em casa, por isso, não há uma razão lógica para olhar para isso. Eu gosto de olhar para o jogo como um todo, não tem a ver com a estratégia, tem a ver com a forma como jogamos e com aquilo que concretizamos, nós temos é de fazer mais golos, isso é que transforma o jogo. Ao termos oportunidades e ao não marcarmos, não transformamos o jogo. — A que se deve a falta de concretização das oportunidades, aos avançados que não estarão em forma, ou será um problema da qualidade de jogo?— É um problema da equipa, porque a dinâmica que nós tivemos e o jogo que fizemos a crescer, fundamentalmente na 2.ª parte, com as oportunidades que tivemos, não marcámos e os golos têm de aparecer da forma como nós jogámos. Nós tivemos muitas oportunidades, nós criamos muitas oportunidades, agora temos é de marcar golos. Neste jogo tínhamos de marcar golos e não tínhamos que perder este jogo. — Na 2ª parte, o Benfica teve de responder ao que aconteceu na 1ª parte, considera que o Benfica deu uma 1ª parte de avanço ao SC Braga?— O que importa é que na 2ª parte fomos todos Benfica, a equipa realmente jogou bem, tentou procurar o golo, com o apoio fantástico dos nossos adeptos, isso é que foi importante. Fomos todos Benfica, tentámos dar a volta ao marcador, esta equipa já conseguiu várias vezes virar o marcador, desta vez não conseguimos, mas temos de olhar em frente e dentro de três, quatro dias, temos de vencer o mesmo adversário para estarmos na final da Taça da Liga. — Os adeptos assobiaram muito a equipa na 1.ª parte, no intervalo e no final do jogo. Sente que tem a confiança dos adeptos e como olha para as críticas que Di María teve, no final deste jogo, à 1.ª parte do Benfica?— O mais importante foi o que aconteceu durante o jogo, nós sentimos o apoio dos adeptos, eu senti apoio no início, senti apoio na 2.ª parte e no final, nós estamos com muita confiança para o próximo jogo, temos de olhar para aquilo que estamos a fazer, olhar para as coisas que estamos a fazer bem, é a isso que nos temos de agarrar. — A derrota deveu-se ao nervosismo da equipa após sofrer dois golos?— Não vejo o jogo por aí, vejo que a equipa teve vontade de criar oportunidades de golo e de tentar marcar golo. Nós tivemos primeiro uma grande oportunidade para marcar golo, o SC Braga marcou, depois sofremos o 0-2 numa bola parada e a equipa teve força, teve capacidade, com as alterações que fomos fazendo, de acrescentar sempre energia, qualidade, de procurar espaço entrelinhas, de tentar jogar, de meter um homem nas costas do avançado para nós procurarmos esse espaço e criarmos situações de finalização. Criámos várias oportunidades, mas aquilo que é mais importante referir é que tínhamos a obrigação de vencer este jogo, o jogo é ganho com golos, à medida que nós temos oportunidades, nós temos de marcar golos. Não senti a equipa nervosa, senti a equipa com energia, com dinâmica e com velocidade para fazer uma boa 2.ª parte perante um adversário que também é forte e que também é competente.
