Convidado do podcast Spielmacher, naquela que foi a primeira entrevista desde que saiu do Benfica, Roger Schmidt recordou também o arranque espetacular ao serviço do Benfica, com 13 vitórias consecutivas. «O Benfica queria jogar de forma diferente. O estilo foi fantástico para jogadores que não tinham vencido nada nos cinco anos anteriores, e que a ideia era vender, mas não tinham mercado», começou por dizer. «De repente os jogadores estavam a tocar o céu. Marcavam golos, jogavam muito bem. A nova abordagem fez bem e começámos a ganhar. Também na UEFA Champions League. Ganhámos autoconfiança e fomos capazes de ir a jogo sempre com muita convicção», acrescentou. O Benfica somou mesmo 28 jogos sem perder. Até que a 30 de dezembro de 2022 foi derrotado em Braga, por 3-0, num jogo marcado pelos regressos de Nico Otamendi e Enzo Fernández depois da conquista do título mundial pela seleção argentina. «Perdemos pela primeira vez antes da passagem de ano. Tivemos o Mundial do Qatar e o Nico Otamendi e o Enzo Fernández regressaram. Teria sido melhor que os tivéssemos deixado na Argentina mais 15 dias. De qualquer forma, voltaram, era difícil jogar em Braga. Faltou fôlego e não conseguimos manter o nível que tínhamos até aí», acrescentou. O peso dessa derrota em Braga foi acentuado pelo cenário de saída de Enzo, que já então se começava a definir. O médio queria ficar mais alguns dias a descansar no país natal, depois da conquista do Mundial, e perante a possibilidade de sair. Depois do jogo no Minho, Enzo voltou mesmo à Argentina, sem autorização da SAD encarnada. Voltou frente ao Varzim, bateu no símbolo ao peito, mas acabou mesmo por ser vendido algumas semanas depois, para o Chelsea, por 121 milhões de euros.